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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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OR-51 - MENINGITE E ENDOFTALMITE POR STREPTOCOCCUS AGALACTIAE EM ADULTO: RELATO DE CASO
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Ana Elisa Meduna Cabreira, Juliana Cazarotto, Gilberto Gambero Gaspar, Fernanda Guioti Puga
Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

O Streptococcus agalactiae, também conhecido como Estreptococo do grupo B de Lancefield, é um coco Gram-positivo com importância epidemiológica principalmente em gestantes e neonatos, sendo causa frequente de sepse, bacteremia, pneumonia e meningite nessas populações. Em adultos, pode colonizar os tratos genital e gastrointestinal, apresentando fatores de risco para infecção diabetes mellitus com mau controle, malignidade, doença hepática e renal avançada, entre outros. Frequentemente causa infecções em pele e partes moles, trato urinário, osteoarticular, pneumonia e bacteremia sem foco, representando 1% das causas totais de meningite e sendo causa rara de endoftalmite.

Objetivo

Relatar caso de meningite e endoftalmite causada por S. agalactiae em adulto com nefrolitíase e pielonefrite.

Método

Relato de caso.

Resultados

Paciente do sexo masculino, 60 anos, procedente de Guatapará (SP), portador de cirrose hepática idiopática previamente CHILD A5, diabetes mellitus com bom controle medicamentoso e nefrolitíase a esquerda, iniciou quadro de dor lombar, hematúria e disúria, que evoluiu após uma semana com dor em região escapular direita e cervical, e após 3 dias com rebaixamento do nível de consciência, dor abdominal, febre aferida e dispneia, sendo iniciado ceftriaxona em UPA. Encaminhado à serviço terciário, onde necessitou de intubação orotraqueal, coletado liquor com leucocitose (7200 céls/mm³), com predomínio de mononucleares (73%), hipoglicorraquia (< 4mg/dl), lactato 25, hiperproteinorraquia (933,8 mg/ml), e iniciado ceftriaxona 2g 12/12h e ampicilina, realizada tomografia de abdome com ureterolitíase obstrutiva com cálculo a esquerda, e borramento de gordura perirrenal, sugestiva de pielonefrite. Após extubação paciente evoluiu com hiperemia conjuntival e redução de acuidade visual, aventada hipótese de endoftalmite, e encaminhado ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto para avaliação oftalmológica, que confirmou hipótese e realizou injeção intravítrea de ceftazidima, vancomicina e dexametasona. Durante investigação etiológica na unidade realizada nova coleta de líquor para análise de antígenos bacterianos, com resultado positivo para S. agalactiae, e então suspenso ampicilina e realizado tratamento com 21 dias de ceftriaxona, com melhora clínica e liquórica.

Conclusão

O S. agalactiae é microorganismo cada vez mais frequente como causa de infecções em adultos com comorbidades, com elevada morbimortalidade, porém é causa incomum de meningite e endoftalmite nesta população.

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