Journal Information
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
Full text access
OR-44 - PREDIÇÃO DE INFECÇÃO E REJEIÇÃO AGUDA PELO TESTE QUANTIFERON-MONITOR EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL
Visits
139
Gisela Serra Rodrigues Costa, José Otto Reusing Junior, Fabiana Agena, Vanessa Vidotto Frade, Elias David-Neto, Ligia Camera Pierrotti
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
DASA, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Introdução

Infecção pós-transplante é uma das principais complicações em transplante (Tx) de órgãos sólidos; portanto, o equilíbrio ideal entre imunossupressão adequada e reposta imune contra microrganismos tornou-se um grande desafio. Dentre as estratégias de avaliação do status imune do receptor, destaca-se a avaliação da imunidade celular inata e adaptativa após estímulo com antígenos, através da dosagem de interferon-γ (INF-γ) pelo teste QuantiFERON-Monitor (QFM).

Objetivo

Avaliar a associação do resultado do teste QFM com a ocorrência de infecção e rejeição aguda (AR) no primeiro ano pós Tx renal.

Método

Coorte prospectiva de receptores de Tx renal que receberam terapia de indução com timoglobulina (ATG) no período agosto de 2018 a agosto de 2019. O teste QFM foi coletado no momento imediato pré-Tx (d0), 30 (d30), 90 (d90) e 180 (d180) dias pós-Tx, e avaliado como variável contínua em mediana de produção de INF-γ. Infecções foram diferenciadas em infecções graves (com necessidade de internação hospitalar), oportunistas, bacterianas e eventos clinicamente significativos por citomegalovírus. AR foi definida por biopsia renal ou registro de tratamento com pulsoterapia ou ATG.

Resultados

Obteve-se 68 receptores e foram observadas 99 infecções em 50 receptores e 16 AR em 16 receptores no período de seguimento. A incidência acumulada de infecção foi 73,5% (IC95% 54,6-96,9%) e densidade de incidência de 4,4 infecções por 1000 transplantes-dias (IC95% 3,2-5,7) no primeiro ano pós-Tx; e incidência acumulada de AR foi 23,5% (IC95% 13-38%) e densidade de incidência de 0,77 por 1000 transplantes-dias (IC95% 0,44-1,26). A cinética dos valores de INF-γ evidenciou queda no d30 pós-transplante (p < 0,001) com recuperação de valores ao longo do tempo. Houve associação estatisticamente significante entre mediana do teste QFM coletado em d0 e ocorrência de infecção grave no período de 30 a 90 dias pós-Tx (p = 0,018) e infecção bacteriana no período de 30 a 180 dias (p = 0,025) e entre mediana de QFM coletado em d30 para infecção oportunista no período de 30 a180 dias pós-Tx. Além disso, houve associação entre mediana de QFM em d0 e ocorrência de AR no primeiro ano pós-Tx (p = 0,014).

Conclusão

Evidencia-se alta densidade de incidência de infecções no primeiro ano pós-Tx. Além disso, associação estatisticamente significante entre teste QFM coletado no momento pré-Tx e em 30 dias pós-Tx e a ocorrência de rejeição aguda e infecções bacterianas, graves e oportunistas no primeiro ano pós-Tx em receptores induzidos com ATG.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools