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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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OR-17 - AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE G6PD E SUAS CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS EM INDIVÍDUOS COM DIAGNÓSTICO DE MALÁRIA
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Mayara Gonçalves Tavares, Alexia Martines V. Silva, Dhelio Batista Pereira, Mariana Pinheiro A. Vasconcelos
Centro de Pesquisa em Medicina Tropical Rondônia (CEPEM), Porto Velho, RO, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) afeta cerca de 400 milhões de pessoas no mundo, na Amazônia brasileira foi descrita uma prevalência de 5,6%. É uma desordem enzimática, e torna a hemácia suscetível à injúria oxidativa após contato com antimaláricos, como a primaquina e tafenoquina. Sendo de fundamental importância na região amazônica, que corresponde a 99% dos casos de malária do Brasil.

Objetivo

Avaliar a atividade de G6PD e suas características epidemiológicas em indivíduos com diagnóstico de malária.

Método

Foram avaliadas as características epidemiológicas e exame de G6PD dos indivíduos com diagnóstico de malária por P. vivax (incluindo mista PV+PF) atendidos no ambulatório de síndromes febris do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical de Rondônia (CEPEM), em Porto Velho, em 2022. Aprovado pelo CEP/CEPEM.

Resultados

Avaliamos 2.066 casos de P. vivax, com média de idade de 38 anos (0,6-85 anos; DP 15,8), 1.385 (67%) do sexo masculino. Do sexo feminino, 13 (1,9%) eram gestantes e 30 (4,4%) lactantes. Todos realizaram o teste de G6PD, sendo 206 (10%) com baixa atividade (≤ 4,0), 656 (31,7%) com atividade intermediária (≥ 4,1 e ≤ 6,0) e 1.204 (58,3%) atividade normal (≥ 6,1), (p > 0,013). Dentre os homens (n = 1.385) a atividade de G6PD foi: 125 (9%) baixa, 465 (33,6%) intermediária e 795 (57,4%) normal, já as mulheres (n = 681), 81 (11,9%) apresentaram baixa atividade, 191 (28%) intermediária e 409 (60,1%) normal. Os pacientes foram tratados com os seguintes esquemas: 980 (47,4%) com primaquina 7 dias; 570 (27,6%) tafenoquina, 295 (14,3%) com primaquina 14 dias; e 205 (9,9%) primaquina semanal. A proporção de recaída foi de 255 (12,3%), sendo 7,3% com primaquina semanal e 12,9% com outros esquemas, além disso, não houve diferença estatística na média de peso de quem apresentou recaída quando comparada a quem não apresentou (p = 0,352).

Conclusão

A prevalência de deficiência de G6PD foi maior (10% versus 5,6%) quando comparado a estudos anteriores na Amazônia brasileira. O Ministério da Saúde prevê a implementação da tafenoquina, mostramos que mais de 40% dos indivíduos analisados teriam contraindicação à tafenoquina. Dessa forma, reforçamos a importância da testagem de G6PD prévia à administração de antimaláricos, a fim de evitar complicações. Nos casos de deficiência vimos que o esquema semanal não aumentou as recaídas. Demonstramos que, apesar de relacionada ao cromossomo X, não houve diferença estatística de deficiência ao comparar os sexos.

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