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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 68-69 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 68-69 (December 2018)
EP‐067
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OPORTUNIDADES PERDIDAS DE VACINAÇÃO DE HPV EM INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS E EM IMUNODEPRIMIDOS: DADOS PRELIMINARES
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Carolina Palamin Buonafine, Ana Carolina P. Godoy, Thamiris S. Mendes, Flavia Jacqueline Almeida, Marco Aurelio P. Sáfadi
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), São Paulo, SP, Brasil
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Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 4 ‐ Horário: 14:05‐14:10 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: Em 2017, o Ministério da Saúde (MS) ampliou a vacinação de HPV para as meninas de nove a 14 anos e introduziu para os meninos de 11 a 14 anos. Também foi contemplada a população feminina e masculina de nove a 26 anos que vive com HIV/Aids. Essa vacina tem extrema importância na prevenção de doenças ocasionadas pelo vírus HPV, especialmente o câncer de colo do útero.

Objetivo: Avaliar a cobertura vacinal para HPV em crianças e adolescentes saudáveis e com infecção pelo HIV e fatores associados a essa cobertura vacinal.

Metodologia: Estudo retrospectivo de dois grupos. Grupo1: foram analisados prontuários médicos de pacientes de nove a 26 anos, infectados pelo HIV e com acompanhamento regular no Serviço de Infectologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo. Foi considerada esquema vacinal completo a presença de três doses da vacina HPV, adequado quando vacinação em dia e inadequado se vacinação atrasada ou que não tenha recebido dose da vacina. Grupo 2: pacientes de nove a 17 anos de uma escola privada da cidade de São Paulo, foram avaliadas as cadernetas de vacinas. Consideramos esquema vacinal completo a presença de duas doses da vacina HPV, adequado quando vacinação em dia, incompleto se vacinação atrasada ou nenhuma dose.

Resultado: Foram incluídas 42 crianças e adolescentes infectados com HIV, 31 meninas e 11 meninos. A média da idade desses pacientes foi de 17 anos, a idade de diagnóstico de cinco anos e de tempo de terapia antirretroviral (TARV) de 10 anos; 62% tinham carga viral indetectável. Na classificação clínica, 12% classificados como N, 14% A, 26% B, 48%. Quanto à classificação imunológica, 69% do grupo 1, 22% do 2, 9% do 3. Em relação à adesão à TARV, 66% tinham boa adesão, 14% regular e 20% má. Quanto à cobertura vacinal de HPV, 83% apresentaram esquema completo, 7% adequado e 10% inadequado. Em relação à cobertura vacinal de HPV na escola privada, foram inclusas 111 crianças, 88 meninas e 23 meninos. O esquema vacinal completo foi observado em 55,8%, adequado em 16% e inadequado em 28%.

Discussão/conclusão: A cobertura vacinal nas crianças e adolescentes infectados por HIV foi considerada boa, acima daquela observada na escola analisada e dos dados do MS. O acompanhamento regular em um serviço, com bom vínculo médico‐paciente possivelmente favorece a melhor adesão à vacinação, independentemente da adesão à TARV. Nas crianças da escola particular, a cobertura vacinal foi regular, acima daquela observada pelo MS, possivelmente pela campanha de vacinação feita na escola.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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