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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-047
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O IMPACTO DO USO DE MÁSCARA NAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
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Isabella de Almeida Aveiro, Bárbara Fernandes Pompeu, Yara Juliano, Neil Ferreira Novo, Fernanda G.C. Kimura, Érika Ferrari Rafael
Universidade Santo Amaro (UNISA), Brasil
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Introdução

As infecções transmitidas por via respiratória representam um impacto negativo para a saúde, podendo impactar a saúde pública. As doenças de notificação compulsória de transmissão respiratória imunopreveníveis são: Caxumba, Coqueluche, Difteria, Meningite, Rubéola, Sarampo, Varicela, Influenza/ e Covid-19. Em 2019, uma série de casos de pneumonia identificados na província de Hubei, na cidade de Wuhan - China, levou à descoberta do vírus então identificado como um β-coronavírus, denominado Sars-Cov-2. Possuindo elevado grau de infectividade, somado a inexistência de vacinas, em poucos meses ganhou proporções significativas tornando-se uma pandemia. Em maio de 2020, através do decreto 64.959, o estado de São Paulo tornou obrigatório o uso das máscaras de proteção individual em espaços públicos e privados. As máscaras exercem um papel de barreira física contra gotículas e aerossóis que são liberados durante a tosse, espirro e fala. O uso das máscaras foi essencial para a diminuição da cadeia de transmissão da Covid-19, entretanto o seu uso pode ter impacto em outras doenças também transmitidas por via respiratória.

Objetivo

Descrever a incidência das doenças de notificação compulsória transmitidas por aerossóis e/ ou gotículas antes e após a obrigatoriedade do uso de máscara.

Método

Trata-se de um trabalho retrospectivo através da análise de dados epidemiológicos referentes aos casos confirmados, óbitos e coeficiente de incidência dos boletins disponibilizados pelo CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”) de 2018 a 2021 das seguintes doenças: Caxumba, Coqueluche, Difteria, Influenza, Meningite, Rubéola, Sarampo, Varicela e Covid-19.

Resultados

Ao comparar os anos de 2019 e 2020, o coeficiente de correlação de Spearman Rs = 0,93 (p = 0,025) evidencia concordância significante entre os períodos. Com os mesmos objetivos, nos anos de 2019 e 2021, o mesmo teste resultou em Rs = 0,46 (p = 0,2939), o que mostra uma correlação não significante.

Conclusão

Devido presença de fatores extrínsecos não controlados, como o tipo de máscara, a utilização da mesma e a falta de controle governamental, mesmo com um decreto e a baixa cobertura vacinal nos últimos anos não é possível inferir que a expressiva queda dos números das doenças transmissíveis por via respiratória e de notificação compulsória dá-se somente pela obrigatoriedade do uso de máscara.

Ag. Financiadora

UNISA.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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