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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-019
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NEUROCRIPTOCOCOSE POR C. GATTII EM PACIENTES HIV/AIDS
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Adriana Neis Stamm, Andressa Noal, Pedro Moreno Fonseca, Frederico da Cunha Abbott, Igor De Souza Bernardotti, Izabele L.F.M. Cavalcante, Carlos Henrique Cezimbra Kvitko
Hospital Nossa Senhora da Conceição / Grupo GHC, Brasil
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Introdução

A infecção por Criptococcus gattii geralmente se apresenta como uma doença indolente e mais comumente envolve o sistema nervoso central (SNC) e os pulmões. A infecção neurológica é mais comum, sendo a forma predominante em pacientes infectados pelo HIV. Ao contrário de C. neoformans, que normalmente causa doença em pacientes com imunidade comprometida, a maioria dos casos de C. gattii foi detectada em pessoas com sistema imunológico normal.

Objetivo

Como a infecção por C. gattii tem sido mais estudada, torna-se aparente uma mudança no entendimento da epidemiologia, com casos de meningoencefalite em pacientes com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), apesar de comumente afetar imunocompetentes. Tornando necessária essa discussão, a que esse relato se faz importante.

Método

Relato de casos.

Resultados

Caso 1: Feminina, 41 anos, HIV/AIDS (CD4 55), NAIVE, interna com quadro neurologico, faz-se diagnostico de neurocriptococose (Líquor com cultura +: C. gattii). Tratou com Anfotericina + Fluconazol (12/10-17/11 e após mantido somente Fluconazol por disfunção renal), não estava disponível Fluocitosina para o tratamento na época. Fez uso de Fluconazol 800mg/dia, evoluindo para dose de consolidação 400mg/dia. Paciente teve resposta clínica satisfatória ao tratamento proposto, não se podendo dimensionar danos neurológicos permanentes, pois após alta hospitalar não retornou para consultas de reavaliação. Caso 2: Masculino, 45 anos, HIV/AIDS (CD465), NAIVE, buscou o serviço de emergência devido vômitos e episódios de cefaleia. Realizada punção lombar com cultura com Cryptococcos gatti. Ressonância magnética com pseudocistos gelatinosos. Tratou com Anfotericina B associado com fluconazol até a disponibilização de fluorcitosina. Melhora clínica em vigência de terapia de indução durante 42 dias. Recebeu alta hospitalar com tratamento de consolidação com fluconazol.

Conclusão

Dessa forma, visto o aumento da incidência da neurocriptococose por C. gatti em pacientes imunossupressos devemos estar aptos a fazer o diagnostico adequadamente, além de oferecer aos pacientes os melhores tratamentos disponíveis. Sendo o recomendado para infecções de SNC por C. gattii indução com anfotericina B (ou desoxicolato) mais flucitosina por 4-6 semanas. A consolidação com fluconazol por 8 semanas, seguido de manutenção por aproximadamente 12 meses. Os pacientes HIV requerem reconstituição imune (CD4 > 100) e carga viral suprimida, em uso de TARV por mais de 3 meses, para descontinuar o uso do fluconazol.

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