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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐029
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MIELITE TRANSVERSA ASSOCIADA À COINFECÇÃO PELO SARS‐COV‐2 E CHIKUNGUNYA: UM RELATO DE CASO
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Lilian Verena da Silva Carval, Guilherme Lima Honório Bo, Jesângeli de Sousa Dias
Instituto Couto Maia (ICOM), Salvador, BA, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A mielite transversa aguda é um distúrbio agudo neuroimune medular adquirido, de origem desmielinizante, inflamatória não infecciosa, infecciosa ou paraneoplásica.

No final de 2019, surgem os primeiros relatos de uma nova doença, a Covid 19, causada pelo SARS‐CoV‐2. Dentre as manifestações clínicas, os achados neurológicos têm prevalência ainda desconhecida.

Observamos ainda a expansão das arboviroses no Brasil, como a Chikungunya, que entre os anos de 2019 e 2020 apresentou aumento de 434% dos números de caso na Bahia.

Não existem até o presente momento, relato de casos de coinfecção entre estas duas doenças, bem como de manifestações atípicas e graves, como a mielite transversa.

Objetivo: Relatar o caso de uma paciente diagnosticada com mielite transversa no curso da coinfecção pelo SARS‐CoV‐2 e pelo vírus da Chikungunya.

Metodologia: Paciente feminino, 31 anos, sem comorbidades, admitida em 16/07/2020, com febre alta, cefaleia, vômitos, dor torácica, retenção vesical, obstipação, soluços, rash cutâneo e fraqueza em MMII de evolução há 10 dias. RT‐PCR para SARS‐CoV‐2 positivo em 12/07/2020. Apresentava‐se com exame neurológico alterado. FM grau 4 em MMSS e zero em MMII, com hipotonia acentuada. Reflexos patelares ausentes. Hipoestesia com nível sensitivo doloroso em T4. Cutâneo plantar ausente.

Diagnosticada com mielite transversa, realizou RNM coluna torácica (lesão hiperintensa torácica alta e média) e estudo do líquor (23/07 ‐ opalescente, 97 células (mononucleares), glicose 35mg/dL, proteínas 162mg/dL. PCR para SARS‐CoV‐2, Zika, Dengue e Chikungunya não detectável). Sorologias IgM e IgG para Chikungunya reagentes e PCR urinário negativo (22/07). Optado por pulsoterapia com solumedrol (05 dias) com melhora parcial dos sintomas. Em 18/08, ainda sintomática, novo estudo do líquor (20 células, glicose 48mg/dL, proteína 40mg/dL), realizou nova pulsoterapia por 03 dias, seguida por prednisona com desmame, evoluindo com melhora expressiva. FM grau 5 em MMSS e MIE, 4 em MID. Hiperreflexia bilateral, clônus em pés. Babinski bilateral e Hoffmann à direita. Espasticidade de MMII e MSD. Deambula com o auxílio. Segue em acompanhamento ambulatorial.

Discussão/Conclusão: Descrevemos o quadro de mielite transversa no curso da coinfecção pelo SARS‐CoV‐2 e Chikungunya. Não existem até o presente momento dados sobre esta coinfecção, sendo desconhecido o impacto disto nas manifestações clínica, evolução e prognóstico. Assim, relatos como este são de grande relevância para melhor compreensão destas doenças.

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