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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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MICOBACTERIOSE NÃO TUBERCULOSA DISSEMINADA POR MYCOBACTERIUM KANSASII
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Caroline Scherer Carvalho
Corresponding author
dra.carolscherer@gmail.com

Corresponding author.
, Ticiane Cioccari Zago
Hospital Universitário de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Com a prescrição de medicações imunossupressoras, para pacientes transplantados, portadores de neoplasias hematológicas e de doenças reumatológicas, tem-se observado aumento na incidência de doença micobacteriana e outras infecções oportunistas. Há poucos estudos nacionais que demonstram a presença de infecção por micobactérias não tuberculosas no país, refletindo um provável déficit diagnóstico. Paciente ANFB, 20 anos, sexo feminino, vai a emergência com queixa de lombalgia, febre diária, astenia e prostração iniciados no mês anterior. Internação prévia para tratamento de pneumonia, ao qual não teve resposta. Referia tosse seca e lesões maculares disseminadas pela pele. História patológica prévia de artrite reumatoide soronegativa em uso de adalimumade há cerca de 2,5 anos. No exame físico, ausculta respiratória com estertores à esquerda, cadeias linfonodais palpáveis em região cervical e supraclavicular esquerda. Exames laboratoriais apresentando anemia normocítica, provas inflamatórias alteradas, sorologias negativas. Tomografia de tórax e abdome com opacidades em vidro fosco bilateral associado a micronódulos centrolobulares e consolidações em regiões posteriores do lobo inferior esquerdo.Linfonodos supra, infra claviculares e mediastinais com linfonodomegalia de cadeia para aórtica com até 1,3 cm no menor eixo; hepatomegalia e esplenomegalia. Realizou-se biópsias de pele, linfonodo supraclavicular e fígado, lavado broncoalveolar e biópsia transbrônquica. Em cultura de linfonodo cresceu Mycobacterium sp, sendo iniciado tratamento com RHZE e amostra encaminhada para identificação de espécie. Após 60 dias de tratamento com RHZE, paciente não apresentava melhora, tinha piora das provas inflamatórias, pancitopenia, perda de peso de cerca de 12Kg, febre diária vespertina e lesões violáceas em placas fistulizadas em membros inferiores e antebraço direito. Com a identificação de Mycobacterium kansasii tem-se o diagnóstico de micobacteriose disseminada, e trocou-se o tratamento para RH, etambutol, amicacina e claritromicina, conforme manual do Ministério da Saúde para o tratamento de micobacterioses não tuberculosas. Este trabalho é válido para demonstrar a dificuldade e a importância da identificação correta da espécie de micobactéria para o seu adequado tratamento, assim como a importância de se realizar todas as triagens para doenças infecciosas pré tratamento com imunossupressores e manutenção da vigilância sobre os pacientes usuários dessas medicações

Palavras-chave:
mycobacterium kansasii micobacteriose disseminada micobactéria não tuberculosa
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