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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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MÉTODOS MOLECULARES E MICROBIOLOGIA CONVENCIONAL NA IDENTIFICAÇÃO DE AGENTES ETIOLÓGICOS E NO TRATAMENTO DE MENINGOENCEFALITES AGUDAS
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Luís Arthur Brasil Gadelha Fariasa,
Corresponding author
luisarthurbrasilk@hotmail.com

Corresponding author.
, Marcos Maciel Sousaa, Karene Ferreira Cavalcanteb, Aldenise de Olinda Castroa, Jacó Ricarte Lima de Mesquitaa, Antônio Silva Lima Netoc, Luciano Pamplona de Góes Cavalcantid, Tania Mara Silva Coelhoa, Silvia Figueiredo Costae, Clarissa Perdigão Mellob, Francisco Edson Buhamra de Abreua, Maura Salaroli de Oliveirae, Lauro Vieira Perdigão Netoa
a Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ), Fortaleza, CE, Brasil
b Laboratório de Saúde Pública do Ceará (LACEN), Fortaleza, CE, Brasil
c Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA), Fortaleza, CE, Brasil
d Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE), Fortaleza, CE, Brasil
e Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivo

O diagnóstico precoce das meningites agudas impacta na conduta médica terapêutica, e a identificação da etiologia fornece subsídios para adequação da terapia antimicrobiana. Objetivamos avaliar o impacto dos métodos moleculares e da cultura na identificação etiológica e na modificação da terapia antimicrobiana e antiviral inicial nas meningoencefalites agudas. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital São José de Doenças Infecciosas (CAAE: 52811521.7.0000.5044).

Métodos

Estudo retrospectivo de pacientes com meningoencefalite aguda (<14 dias), diagnosticados por métodos moleculares (Genexpert® Cepheid e PCR Filmarray® Biomerieux) e/ou culturas tradicionais (ágar chocolate, ágar sabouraud e MGIT) em hospital de referência em doenças infecciosas, de 2019 a 2021. A análise estatística foi realizada em Excel e o teste utilizado foi o qui-quadrado (significância se p <= 0,05).

Resultados

152 pacientes foram incluídos no estudo com meningoencefalites agudas. Dos 152 pacientes, 113 realizaram PCR Filmarray®, 46 realizaram Genexpert®, 98 realizaram cultura para germes piogênicos, 26 cultura para micobactérias e 32 culturas para fungos. Um total de 85 (56%) tiveram o diagnóstico etiológico confirmado. Dos 85 pacientes, 43 foram identificados por PCR Filmarray®, 7 por Genexpert® e 14 por cultura convencional, 5 por cultura p/ fungos, 7 por PCR Filmarray® e cultura convencional. Os melhores desempenhos (positividade) foram, respectivamente: PCR Filmarray® (n = 43/113; 38%), Genexpert® (n = 7/46; 15,2%) e cultura (n = 14/98; 14,4%). No grupo do PCR Filmarray® foram identificados vírus (n = 23/43; 53,5%), bactérias (n = 18/43; 41,9%), e fungos (n = 5/43;11,6%). A cultura identificou: C. neoformans (n = 2), S. pneumoniae (n = 3), S. suis I (n = 2), S. agalactiae (n = 1), S. aureus (n = 1), K. pneumoniae (n = 1), Corynebacterium jeikeium (n = 1). Percebeu-se o ganho de diagnóstico com biologia molecular de 23,6% (p = 0,0003). Um total de 22% (25/113) e de 18% (18/98) dos pacientes tiveram antibioticoterapia modificada, pelo PCR Filmarray® e pelas culturas para germes piogênicos.

Conclusão

Métodos moleculares trazem informações complementares aos métodos tradicionais. Foram encontrados agentes etiológicos incomuns, como fungos e micobactérias. Uma proporção moderada de pacientes teve terapia modificada pelos resultados. Houve mais frequente solicitação de PCR Filmarray® e genexpert do que as culturas, o que pode significar subutilização das culturas.

Palavras-chave:
Meningoencefalite aguda Métodos molecularares Culturas Agentes etiológicos
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