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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐209
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MELATONINA REDUZ A TOXICIDADE INDUZIDA PELA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL (HAART) EM CAMUNDONGOS E PACIENTES COM HIV
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Aurea Regina Telles Pupulin, Julia Barbosa, Ana Luiza Froes Martins, Flavia Rocha Nerone, Gabriel Fernandes Nessias, Miguel Spack
Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá, PR, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Ag. Financiadora: Fundação Araucaria

Introdução: A terapia anti‐retroviral altamente ativa (HAART) é o padrão de atendimento para o tratamento de pacientes com HIV/AIDS. Efeitos tóxicos associados à HAART consistem em neuropatia, miopatia, pancreatite, esteatose hepática, acidose láctica, lipoatrofia, complicações metabólicas, depressão e distúrbios do sono. A melatonina (n‐acetyl‐5‐methoxytryptamina), neuro‐hormonio encontra‐se em plantas e animais. Estudos indicam efeito antioxidante e anti‐apoptotico e demonstram que seu uso reduz a toxicidade de drogas usadas em vários tratamentos

Objetivo: Este estudo avaliou os efeitos da suplementação de melatonina (6mg/dia) em camundongos e pacientes com AIDS usando terapia HAART.

Metodologia: Para experimentos com animais foram utilizados grupos experimentais: (I) tratados com terapia anti‐retroviral por 15 dias, (II) tratados com terapia anti‐retroviral e melatonina 6mg/kg/dia por 15 dias, (III) animais não tratados. Peso corporal, ingestão de ração e água foram avaliados antes e após o tratamento; colesterol sérico, triglicerídeos, enzimas hepáticas (AST, ALT, GGT) e creatinina foram avaliados por métodos específicos. Para avaliação dos pacientes, o estudo foi realizado em um delineamento duplo‐cego, controlado por placebo e randomizado. Os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo I (HAART) pacientes que receberam placebo uma vez ao dia à noite. Grupo II (HAART+Melatonina) pacientes que receberam melatonina (6mg) uma vez ao dia à noite/30 dias. Avaliação clínica, emocional e laboratorial foi realizada antes e após tratamento.

Resultados: Os animais tratados com terapia anti‐retroviral e melatonina apresentaram maior ganho de peso corporal, menos hepatomegalia, menos ansiedade, níveis mais baixos de triglicerídeos, colesterol e enzimas hepáticas quando comparados aos animais tratados com terapia anti‐retroviral. O estudo com pacientes submetidos á terapia HAART revelou que 23% dos pacientes que utilizaram a melatonina tiveram uma diminuição nos níveis de glicemia e redução nos níveis de enzimas hepáticas (AST, ALT e GGT). Houve diferenças significativas entre os grupos no colesterol plasmático indicando que a melatonina poderia estar melhorando a composição lipídica do sangue. Pacientes que tinham depressão moderada melhoraram seus escores passando a depressão leve e observou‐se mais tempo e menos interrupção no sono.

Discussão/Conclusão: Considerando os resultados obtidos sobre efeitos colaterais da HAART a melatonina poderia ser usada combinada ao tratamento antiretroviral.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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