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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐152
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MARCADORES BIOLÓGICOS NÃO INVASIVOS PARA AVALIAÇÃO DE FIBROSE HEPÁTICA EM PACIENTES CRONICAMENTE INFECTADOS COM O VÍRUS DA HEPATITE C (HCV)
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Bianca Peixoto Dantas, Arielle Karen Silv Nunes, Caroline Manchiero, Thamiris Vaz Gago Prata, Mariana Cavalheiro Magri, Fátima Mitiko Tengan
Laboratório de Hepatologia por Vírus (LIM47), Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A inflamação do fígado pelo HCV é considerada a maior causadora de doença crônica do fígado e de transplante hepático em todo o mundo. O HCV pertence ao gênero Hepacivirus e familia Flaviviridae. Evolui para a fase crônica em 75% a 80% dos casos. Dez a 20% destes pacientes pode evoluir para cirrose, insuficiência hepática e carcinoma hepatocelular em um período de 20 a 30 anos. A biópsia hepática é o padrão ouro utilizado para avaliar o grau de fibrose. Marcadores não invasivos, como os biológicos, estão sendo cada vez mais estudados para tentar substituir a biópsia hepática.

Objetivo: Avaliar o desempenho de marcadores biológicos comparados ao grau de fibrose avaliado pelo estudo anatomopatológico de fragmento hepático, em pacientes crônicos com HCV do HCFMUSP.

Metodologia: Retrospectivamente selecionamos 301 pacientes, no período de 2010 a 2015. Os marcadores avaliados foram: APRI, FIB‐4, Forn Index, Lok Index, GUCI e FibroIndex. Através da construção de curvas ROC (receiver operator characteristic) foi mensurada a área sob a curva (AUROC), demonstrando assim o poder discriminativo de cada marcador comparado à biópsia hepática.

Resultados: Os graus de fibrose da biópsia hepática dos pacientes, avaliado pela escala METAVIR foram: F0 (n=46); F1 (n=120); F2 (n=74); F3 (n=45); F4 (n=16). Os principais resultados mostraram que o desempenho dos marcadores para discriminar o grau F4da biópsia hepática apresentou AUROC de 0,922 no marcador FIB‐4; 0,898 no APRI; 0,898 no GUCI e 0,841 no LOK. Analisando os pacientes com fibrose significativa (F2, F3 e F4), o desempenho dos marcadores apresentou AUROC de 0,805 do GUCI; 0,804 para o APRI. Já para os pacientes com fibrose avançada (F3 e F4) o APRI obteve AUROC de 0,833; GUCI de 0,833 e 0,831 de FIB‐4.

Discussão/Conclusão: Os marcadores não invasivos utilizados para a avaliação dos pacientes nos graus de fibrose hepática F0, F1, F2 e F3 apresentaram a área sob a curva ROC inferior a 0,8 não sendo classificados como muito bons ou excelentes. Para a avaliação de pacientes com cirrose, o marcador FIB‐4 foi excelente e o APRI, GUCI e LOK se mostraram como muito bons discriminadores. Agrupando os pacientes com fibrose avançada, o APRI, GUCI e FIB‐4 também são úteis para discriminar os pacientes. Concluímos neste estudo que os marcadores FIB‐4, APRI, GUCI e LOK são úteis para rastrear pacientes com graus de fibrose avançados de forma simples, menos invasiva e com baixo custo.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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