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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐229
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LEUCOENCEFALOPATIA MULTIFOCAL PROGRESSIVA COMO PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO DE HIV/AIDS
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Maurício Gimenes Marin Neto, Esmailyn Castillo Santana, Cristiane da Cruz Lamas, Marco Antonio S.D. de Lima
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LEMP) é uma doença desmielinizante do sistema nervoso central causada pelo vírus JC, ocorre em imunossuprimidos com níveis de CD4<200 céls. É transmitida principalmente por via inalatória. O quadro clínico é de evolução subaguda, gerando cefaleia, convulsões, déficit motor, sensorial e alteração cognitivo‐comportamental. Alguns dos fatores associados com sobrevida mais prolongada são: uso de TARV, CD4 elevado, baixa carga viral do HIV e apresentação da LEMP como diagnóstico inicial de Aids. No presente caso, a progressão da doença foi rápida, porém uma vez instaurada a TARV e com fisioterapia houve melhora neurológica progressiva.

Objetivo: Relatar caso de um paciente HIV que debutou com LEMP.

Metodologia: Masculino, 68 anos, previamente hígido. Procurou atendimento por quadro súbito de hemiparesia à esquerda, desvio da comissura labial ipsilateral e disartria. Exame da admissão: hemiparesia, hipertonia espástica e hiperreflexia esquerda, sinal de Babinski, ausência de deambulação, lesão em VII e XI par cranianos, afasia, desorientação e labilidade emocional. Tomografia de crânio, sem evidências de lesões isquémicas ou hemorrágicas. Solicitada ressonância magnética, mostrando lesões sugestivas de LEMP. Exames: test rápido HIV reagente, CD4:136 céls e CV:16.192 cópias, CrAg, VDRL e HTLV I/II não reagentes; no líquor: 4 células (100% mononucleares), proteínas 45.4, glicose 57 e PCR JC positivo. Iniciada TARV. Durante a internação evoluiu com disfunção esfincteriana, ataxia e disfagia. Após 32 dias recebeu alta hospitalar em acompanhamento ambulatorial.

Discussão/Conclusão: A LEMP é bastante incomum como primeira manifestação da Aids, assim como sua apresentação de forma aguda e evolução rápida. Neste caso se confirma a importância da realização do diagnóstico do HIV em pacientes com quadros neurológicos, já que a não suspeição desta infecção pode dificultar o diagnóstico e tratamento adequado de certos trastornos neurológicos, aumentando o risco de sequelas permanetes e/ou a mortalidade.

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