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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 195
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INTERNAÇÕES DE CRIANÇAS DE 0 A 9 ANOS POR MENINGITE E COBERTURA VACINAL NA CIDADE DE BELO HORIZONTE E NO ESTADO DE MINA GERAIS ENTRE 2010 E 2020: UMA ANÁLISE COMPARATIVA
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Beatriz Camargo Gazzi, Evelin Leonara Dias da Silva, Maria Stella Amorim da Costa Zöllner
Universidade de Taubaté (UNITAU), Taubaté, SP, Brasil
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Tendo em vista as elevadas taxas de morbidade e mortalidade, classicamente associadas às meningites bacterianas, a vacina Meningocócica C, de considerável cobertura, foi implementada no Plano Nacional de Imunizações (PNI). Esse esquema de imunoprevenção é composto por três doses, classicamente aos três, cinco, e doze meses, aplicáveis até os cinco anos de idade. Sabe-se que um dos principais objetivos da vacina é justamente reduzir a incidência de casos graves e, consequentemente, de internações, diminuindo, portanto, a letalidade, as sequelas e a ocupação de leitos hospitalares. Assim, propõe-se comparar o número de internações por meningite, em crianças de 0 a 9 anos, entre 2010 e 2020, com a cobertura vacinal pela Meningocócica C, tanto na cidade de Belo Horizonte quanto no Estado de Minas Gerais. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e quantitativo, proveniente de dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). No primeiro, foram avaliadas as seguintes variáveis, pertinentes às internações por meningite: ano de atendimento, faixa etária e notificação de casos confirmados. Já no segundo, a cobertura vacinal, em Belo Horizonte e em todo o estado mineiro foi avaliada. Todos os parâmetros correspondem ao período de janeiro de 2010 a dezembro de 2020. No período analisado, foram confirmados 4.138 casos de meningite em Minas Gerais, sendo 1500 deles em Belo Horizonte, correspondendo a 36,25% dos casos. Tanto no estado quanto na capital o maior registro de internações aconteceu em 2019, de 255 e 86, respectivamente, sendo a faixa etária mais acometida a de crianças com menos de 1 ano de idade, nas duas situações. Por fim, cabe ressaltar que a variação desses dados não foi linear, com uma série de quedas; havendo destaque para o ano de 2012, e aumentos durante esses dez anos. No que tange à cobertura vacinal para Meningococo C, também não foi linear, nem no estado nem no município, sendo o pico de imunização em 2010, em ambas as escalas. Portanto, percebe-se uma correspondência, ainda que indireta, entre a cobertura vacinal e a gravidade dos casos de meningite, avaliada através do número de internações. Além disso, a análise comparativa entre os dados, no referido extenso recorte temporal evidencia o impacto positivo, a longo prazo, da imunização, ratificando a importância da vacinação.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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