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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐115
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INFILTRAÇÃO INTRALESIONAL DE GLUCANTIME EM LEISHMANIOSE TEGUMENTAR: UM RELATO DE CASO
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Daniel Bazan Corral, João Nobre Cabral, Matheus Cordeiro Marchiotti, Alexandre Martins Portelinha Filh
Hospital Regional de Presidente Prudente, Presidente Prudente, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A Leishmaniose é uma doença causada por protozoários flagelados do gênero Leishmania. Desde 2010 a World Health Organization Expert Committee on Leishmaniasis tem buscado terapias alternativas. Em 2013, a Pan American Health Organization Expert Committee on Leishmaniasis incluiu o tratamento intralesional como alternativa para diretrizes de centros de referências e para casos de lesões únicas não envolvendo face e articulações.

Objetivo: Reportar um caso clínico de Leishmaniose Tegumentar de lesão única tratada com Glucantime intralesional em um Hospital de Referência.

Metodologia: Paciente masculino, 62 anos, admitido ao serviço com diagnóstico já estabelecido de Leishmaniose Tegumentar do serviço de origem, confirmado por biópsia de pele de membro inferior. Tratado com anfotericina B lipossomal, pela contraindicação ao uso de glucantime pela lesão hepática e história prévia de plaquetopenia. Recebeu alta hospitalar após sete doses de anfotericina B, apresentando melhora clínica. Reinternado após três meses com recorrência da lesão ulcerada medindo 10cm em membro inferior esquerdo, com piora progressiva. Solicitado retratamento com anfotericina B lipossomal mediante o histórico de hepatopatia e lesão renal, porém a liberação do medicamento foi recusada pela Vigilância Epidemiológica, sendo escolhido o tratamento com Glucantime intralesional por três dias consecutivos. O paciente recebeu alta com seguimento ambulatorial na infectologia até o fechamento da lesão.

Discussão/Conclusão: Após tratamento com Glucantime intralesional por três dias consecutivos houve melhora progressiva da lesão com processo de cicatrização quase completa após dois meses de tratamento, comprovando a eficácia do tratamento alternativo. As vantagens são o uso de menores doses totais de antimônio pentavalente. Ressalta‐se que esse recurso não é adequado para todos os casos, considerando a natureza do procedimento (infiltração do fármaco em cada uma das lesões). A vantagem inclui a redução de eventos adversos sistêmicos graves. Destaca‐se o comprometimento cardíaco, hepático e nefrotóxico, os quais são as principais causas de morbimortalidade observada entre os pacientes com Leishmaniose Cutânea.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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