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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 255
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INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM PACIENTES HOSPITALIZADOS POR COVID-19 E OUTRAS CONDIÇÕES DURANTE A PANDEMIA: CARACTERÍSTICAS E DESFECHOS
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Vinicius Madoenha, Maria Daniela Bergamasco, Pedro A. Mathiasi Neto, Vivian Soriano, Natália Silva, Vivian Generoso Monteiro, Maria Lúcia Zaidan, Nadia Cristiny de Lima, Yang Ting Ju, Suzana Alves da Silva, Thais Sabato Romano Di Gioia, Nilo Jose Coelho Duarte
Hospital do Coração (Hcor), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

A pandemia pela Covid-19 trouxe desafios aos serviços de saúde, com necessidade de adaptações da estrutura, insumos e profissionais para atender a fluxos súbitos de pacientes, o que pode ter acarretado em quebras de medidas de prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Características do paciente Covid-19 crítico, com admissões na terapia intensiva, múltiplos acessos centrais, ventilação mecânica prolongada, posição prona e uso de corticoides, os tornam vulneráveis às IRAS. Dados da literatura mundial apontam para maiores taxas de IRAS em pacientes Covid-19, mas pouco se sabe sobre a epidemiologia de IRAS nesse cenário em nosso meio.

Objetivos

Avaliar a epidemiologia e desfecho em 30 dias de pacientes Covid-19 e outras condições que desenvolveram IRAS. Métodos: Estudo observacional, de coorte retrospectivo de casos consecutivos de IRAS em pacientes adultos Covid e não Covid, admitidos em um centro único, terciário e de ensino, entre março/2020 a agosto/2021.

Resultados

No período estudado, ocorreram 144 casos de IRAS. Nos pacientes Covid-19, a prevalência de IRAS foi 3,5% (76/2150 admissões) e nos pacientes admitidos por outras causas foi 0,4% (68/17.074 admissões), p < 0,001. Com relação às topografias, nos pacientes Covid-19 as infecções primárias da corrente sanguínea (IPCS) n = 36/76 (47%) foram mais frequentes, seguidas de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) n = 28/76 (37%). Nos pacientes admitidos por outras condições, as principais topografias foram IPCS n = 34/68 (50%) e gastrointestinais (Clostridioides difficile) n = 19/68 (28%). Em pacientes Covid-19, Pseudomonas aeruginosa foi o principal agente isolado em n = 18/83 amostras de culturas isoladas dos 76 casos (22%) e Staphylococcus epidermidis n=14/83 (17%). Nos pacientes não Covid-19, os agentes mais comuns foram Clostridioides difficile n=19/73 amostras de culturas isoladas dos 68 episódios (40%) e Klebsiella pneumoniae n = 15/73 (32%). A taxa de mortalidade em 30 dias de pacientes que desenvolveram IRAS, foi 53% em pacientes Covid-19 versus 28% em pacientes não Covid-19, p = 0,002.

Conclusões

Em nossa coorte de pacientes, as IRAS foram mais frequentes nos pacientes Covid-19 com relação aos admitidos por outras condições. A etiologia diferiu nos 2 grupos, com predomínio de P. aeruginosa em pacientes Covid-19. A mortalidade em 30 dias de pacientes com Covid-19 que desenvolveram IRAS foi elevada, demonstrando o impacto negativo das IRAS nesse contexto.

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