Journal Information
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 250
Full text access
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO POR MYCOBACTERIUM SMEGMATIS: UM RELATO DE CASO
Visits
1604
Thelma Flosi Golaa, Luís Felipe Madeira Martins de Sáb, Vitor Cipriano Dutra Do Valleb, Luana Gola Alvesb
a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S1
More info

A Mycobacterium smegmatis é um bacilo álcool-ácido resistente que em muitos casos, por sua baixa virulência, é considerado não patogênico, porém uma vez que apresenta alta taxa de duplicação e por conseguir evitar sua degradação pelas células apresentadoras de antígenos, tal germe é capaz de causar infecções oportunistas, como por exemplo em sítios cirúrgicos. Nesse relato, apresentaremos um caso de um paciente, 37 anos, que foi submetido a procedimento cirúrgico de hidrolipoaspiração de dorso com enxertia em glúteo. Após 45 dias de pós-operatório, evoluiu com febre, dor e edema em glúteo direito. Iniciou antibioticoterapia com amoxicilina/clavulanato e clindamicina sem melhora do quadro. Foi realizada coleta para realização de cultura da ferida operatória com resultado parcial apresentando bacilo álcool ácido resistente. O esquema terapêutico foi modificado para claritromicina e levofloxacino mantendo piora evolutiva com lesões ulceradas e fístulas na região associadas à importante linfadenopatia em região inguinal com saída de secreção. O paciente foi internado para tratamento venoso com amicacina, levofloxacina e claritromicina. Na cultura houve crescimento de Mycobacterium smegmatis resistente à claritromicina. O esquema antimicrobiano foi trocado para sulfametazaxol/trimetropim, levofloxacina e amicacina. Devido à apresentação de efeitos adversos, a continuidade do tratamento se deu com doxiciclina e amicacina. O paciente apresentou boa evolução clínica e, após 120 dias, a terapia foi suspensa com resolução do quadro infeccioso com a ferida cicatrizada e melhora dos parâmetros laboratoriais. O caso relatado traz luz à discussão da presença de agentes etiológicos incomuns em infecções relacionadas à assistência à saúde.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools