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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA NAS UTIS DE UM HOSPITAL DE TRAUMA: AGENTES ETIOLÓGICOS ANTES E DEPOIS DO COVID-19
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Annelene Boaventurab,
Corresponding author
annelenevoss@gmail.com

Corresponding author.
, Edilane Vossa, Isabella Silva Pacheco dos Santosa, Marilda Caselaa
a Hospital Geral do Estado (HE), Brasil
b Universidade Salvador (UNIFACS), Salvador, BA, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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A pandemia de COVID-19 impactou a assistência à saúde mudando a dinâmica das UTIs, levando ao aumento significativo dos fatores de risco para infecção hospitalar e resistência aos antimicrobianos. Dessa forma, procurando entender os impactos da pandemia objetiva-se avaliar se houve uma mudança na etiologia e no perfil de resistência das infecções de corrente sanguínea na era pré e pós-COVID-19. Foi implantado um sistema de vigilância microbiológica ativa, que avalia os patógenos causadores de infecção de corrente sanguínea nas UTIs em hospital de referência para trauma do estado da Bahia. Foram comparados os anos de 2019 e 2022. Em 2019 dos 120 isolados, K. pneumoniae (32,5%) foi o patógeno mais prevalente, seguido de P. aeruginosa (16,7%), A. baumannii e S. aureus (13,3%), Enterobacter spp. (6,6%), E. coli (5,8%) e SCON (5%). Em 2022, dos 284 isolados, o patógeno mais frequente foi SCON (33,4%), K. pneumoniae (16,8%), S. aureus (15,7%), A. baumannii (9,8%), P. aeruginosa (8,7%), S. marcescens (3,7%). Chama atenção o aumento significativo de SCON, que representava 5% e agora 33%, mesmo com a exclusão dos isolados considerados contaminação ou colonização. Destacamos ainda o aumento de S. marcescens, que passou de 0,8% para 13,7%, e P. mirabilis, que saiu de 0,8% para 2,9%. Em relação a sensibilidade aos antimicrobianos, K. pneumoniae possuía 61% à Carbapenêmicos, 95% à Amicacina e 39% à Piperacilina/Tazobactam (PTZ) em 2019. Em 2022, no entanto, houve 49% à Carbapenêmicos, 58% à Amicacina e 22% à PTZ. Sobre a P. aeruginosa, a sensibilidade em 2019 para Meropenem foi 80%, 85% à Amicacina, 60% à Cefalosporinas e 79% PTZ. Em 2022, 62% à Carbapenêmicos, 62% Amicacina, 37% Cefalosporinas, 35% PTZ. A sensibilidade à Oxacilina caiu de 64% para 35% no período. Em contrapartida, A. baumannii mostrou uma melhora da sensibilidade aos antibióticos testados. Em 2022, as carbapenemases mais frequentes foram blaVIM em P. aeruginosa, blaOXA-23 e blaOXA-51 em A. baumannii e blaKPC e blaNDM em Enterobacterales. Nesse período de 2 anos houve uma alteração significativa dos patógenos e seu perfil de sensibilidade aos antimicrobianos, o aumento significante de SCON e a identificação das carbapenemases, sobretudo as metalo-betalactamases, implicaram na necessidade de associar cobertura para gram-positivos na terapia empírica inicial, sendo necessário outros ajustes como a padronização de novas drogas como ceftazidime/avibactam e aztreonam.

Palavras-chave:
Infecção de corrente sanguínea
Resistência bacteriana
UTI
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