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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 139
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INCIDÊNCIA DE HIV ENTRE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS ADMITIDOS NO MÊS DE INAUGURAÇÃO DO AMBULATÓRIO DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS DO MUNICÍPIO DE DIADEMA (DIATRANS) - 01/09/2021 A 30/09/2021
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Maiky Carneiro da Silva Prataa, Vanessa Ribeiro Romãoa, Dandara Santosa, Elaine Miranda S. Bello Rochaa, Andreia Conceição Siqueiraa, Alexandre Yamaçakeb, Maria Claudia Vilelac, Rejane Gonçalves Calixtod
a DIATRANS - Prefeitura Municipal de Diadema, Diadema, SP, Brasil
b SAE - Prefeitura Municipal de Diadema, Diadema, SP, Brasil
c Diretora do Quarteirão da Saúde - Prefeitura Municipal de Diadema, Diadema, SP, Brasil
d Secretária Municipal de Saúde de Diadema, Diadema, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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A população de travestis e transexuais teve historicamente nas diferentes estruturas governamentais e sociais direitos negligenciados, colocando esta população em maior situação de vulnerabilidade; resultado da falta de acesso a saúde, educação, trabalho e até mesmo do acolhimento familiar. Tais condições adversas expõe esta população a contextos sociais de violência e marginalização, como a prostituição e uso de álcool e drogas, aumentando desta forma a vulnerabilidade deste grupo populacional as infecções sexualmente transmissíveis (IST) em especial ao HIV/AIDS, onde se verifica uma prevalência que varia de 30 a 40% no estado de São Paulo. Assim, passado um mês da inauguração do DIATRANS objetivou-se descrever a incidência de HIV e o perfil dos pacientes admitidos no ambulatório, segundo idade, escolaridade, testagem prévia para IST; carga viral e cd4. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo temporal, com dados acessados através de prontuários que tiveram atendimento no primeiro mês de inauguração do ambulatório DIATRANS, de 01/09/2021 até 30/09/2021; a obtenção, organização e tabulação dos dados foram realizadas utilizando-se o programa computacional Microsoft Excel 97. Resultados: Foram admitidos 34 pacientes no primeiro mês de atendimento, destes, 23 mulheres trans (MT), uma travesti (T) e 10 homens trans (HT). A média de idade foi de 29 anos, variando de 17 a 47 anos; 82% apresentaram 8 a 11 anos de estudos; quanto a realização de testagem prévia para IST, 40% de HM havia realizado testagem ao menos uma vez na vida, enquanto entre MT e T a testagem foi de 91%; entre MT e T a incidência de sífilis foi de 54,5%, já para o HIV a incidência foi de 37,7% (9 casos), estando todos os casos em uso de terapia antirretroviral atualmente e 78% com carga viral suprimida e cd4 maior que 350 cel/mm3. Entre HM não houve relato de IST. Conclusão: Observou-se alta incidência de HIV entre MT nesta população de casos novos admitidos no DIATRANS, além de baixo percentual de testagem para IST entre HM. Fica evidente a vulnerabilidade individual e programática desta população e a necessidade de ampliar acesso e políticas públicas de saúde que incluam a discussão da diversidade de gênero e orientação sexual, garantindo segundo as diretrizes do sistema único de saúde (SUS), o acesso universal, integral e com equidade para todos, inclusive a esta minoria historicamente negligenciada.

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