Journal Information
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐015
Full text access
IMPACTO DAS ESTRATÉGIAS NÃO FARMACÊUTICAS SOBRE A EVOLUÇÃO DA COVID‐19 NO ESTADO DE SÃO ESTADO DE SÃO PAULO
Visits
2363
Cristiane Ravagnani Fortaleza, Thomas Nogueira Vilches, Gabriel Berg de Almeida, Cláudia Pio Ferreira, Rejane Maria Tommasini Grotto, Raul Borges Guimarães, Carlos Magno C. Branco Fortaleza
Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Full Text

Introdução: Para conter a disseminação do SARS‐Cov‐2, o Governo do Estado de São Paulo instituiu o distanciamento social através do fechamento de serviços não essenciais em decreto 22 de março de 2020. Um segundo decreto, de 04 de maio de 2020, instituiu o uso obrigatóri de máscaras em espaços públicos.

Objetivo: Aferir o impacto de medidas não farmacêuticas sobre a evolução epidêmica da COVID‐19 na Região Metropolitana da Capital e no interior do Estado de São Paulo.

Metodologia: Foram realizadas análises de séries temporais interrompidas (ITSA) para medir o impacto das políticas de distanciamento social (instituído em 22/03/2020) e subsequente mascaramento obrigatório na comunidade (instituído em 05/04/2020) sobre a incidência e número reprodutivo efetivo (Rt) da COVID‐19. As análises foram feitas no software STATA 14 (StataCorp, College Station, TX).

Resultados: O distanciamento social na Região Metropolitana não apresentou impacto imediato sobre incidência, mas teve efeito de retardar a tendência a longo prazo (coeficiente, ‐0,08; IC95%, ‐0,10 a ‐0,05). Quanto ao Rt, houve impacto imediato (‐0,41; IC95%, ‐0,69 a ‐0,13) e a longo prazo (‐0,06; IC95%, ‐0,08 a ‐0,05). O efeito incremental do uso de máscara foi observado somente sobre tendências a longo prazo da incidência (‐0,05; IC95%, ‐0,05 a ‐0,02) e Rt (‐0,03; IC95%, ‐0,04 a ‐0,02). No interior do Estado, o distanciamento social apresentou impacto imediato sobre incidência (‐1,60; IC95%, ‐1,88 a ‐1,11) e Rt (‐1,17; IC95%, ‐1,57 a ‐1,11), mas somente sobre a tendência prolongada de incidência (‐0,02; IC95%, ‐0,05 a ‐0,01). O efeito incremental de máscaras foi pequeno, observado apenas sobre tendência a longo prazo do Rt (‐0,001; IC95%, ‐0,002 a ‐0,0004).

Discussão/Conclusão: No geral, o impacto do distanciamento social tanto na incidência quanto no Rt foi maior do que o efeito incremental do uso obrigatório de máscara. Esses achados podem refletir um pequeno impacto do mascaramento facial ou o afrouxamento do distanciamento social após o uso obrigatório de máscaras.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools