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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 248
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IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID-19 NA CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA PARA POLIMIXINA B EM ISOLADOS DE ACINETOBACTER BAUMANNII RESISTENTES AOS CARBAPENÊMICOS: EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO
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Ândrea Celestino de Souzaa, Luciana Giordanib, Grazielle Motta Rodriguesc, Patricia Orlandi Bartha, Fernando Guimarães Cavatãoc, Angela dos Santos Azevedob, Larissa Lutzb, Eliane Wurdig Roeschb, Letícia Fernandes da Rochac, Helena de Avila Peixoto e Silvac, Rodrigo Minuto Paivab, Dariane Castro Pereirab
a Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil
b Serviço de Diagnóstico Laboratorial, Unidade de Microbiologia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS, Brasil
c Residência Multidisciplinar em Área Profissional, Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

A resistência antimicrobiana, especialmente em patógenos Gram-negativos clinicamente importantes, atingiu um nível crítico, com o surgimento de resistência a quase todos os antibióticos disponíveis. Acinetobacter baumanii (CAb) estão entre os principais patógenos causadores de infecções hospitalares, especialmente em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). De acordo com a Agência Brasileira de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2013) mais de 80% dos CAb de UTIs eram resistentes aos carbapenêmicos (CRAB). Neste contexto, o CRAB tem sido endêmico e as polimixinas são terapia de primeira linha para o tratamento de infecções causadas por este patógeno. Após o surgimento da pandemia de COVID-19, observamos um aumento das taxas de incidência de infecções por CRAB na nossa instituição.

Objetivo

Avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 na concentração inibitória mínima (CIM) à polimixina B (PMB) dos isolados CRAB de amostras clínicas de pacientes atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Métodos

Um estudo retrospectivo foi realizado para avaliar dados clínicos e microbiológicos de pacientes com cultura positiva para CRAB de janeiro de 2019 a Outubro de 2021 A identificação bacteriana foi realizada pelo sistema Vitek©MS (bioMérieux, França) e a sensibilidade à PMB foi realizada pelo método de microdiluição em caldo de acordo com BrCAST. Resultados: Foi obtido um total de 299 isolados de CRAB (2019, n = 25; 2020, n = 164; 2021, n = 109). Em 2019, 36% das amostras foram provenientes do trato respiratório inferior (aspirado traqueal/escarro/LBA). Já em 2020 e 2021, 74% dos CRABs foram isolados desse sítio. O percentual de sensibilidade de CRAB à PMB em 2019, 2020 e 2021 foi de 92%, 92,7% e 91,7%, respectivamente. A CIM para PMB variou de 0,25-32 μg/mL e CIM50/CIM90 foram 0,5 μg/mL/2,0 μg/mL, respectivamente em todos os períodos analisados. Em 2019, 2021 e 2021 apenas 2 (8%), 12 (7,3%) e 9 (8,3%) isolados CRAB apresentaram resistência à PMB (MIC ≥ 4 μg/mL). Não houve diferença estatisticamente significativa na variação da CIM para PMB em isolados de CRAB nos períodos analisados.

Conclusão

A prevalência de resistência à polimixina B em isolados CARB, bem como os valores de CIM50 e CIM90, ainda se mantém em níveis baixos na nossa instituição, mesmo após a pandemia de COVID-19. O acompanhamento da suscetibilidade do Acinetobacter baumannii é importante para o monitoramento da resistência e conhecimento da epidemiologia local.

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