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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 135
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IMPACTO DA COVID-19 NA RETENÇÃO DE USUÁRIOS DA PREP NO SERVIÇO DE EXTENSÃO E APOIO AO PACIENTE - HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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2012
Ana Luiza Pires da Cunhaa, Vivian Iida Avelino-Silvab, Daniel Arthur Bertevellob, Angela Carvalho Freitasa
a Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
b Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução/Objetivo

As medidas de isolamento introduzidas para reduzir a propagação da doença causada pelo SARS-CoV-2 (COVID-19) tiveram efeitos sobre a mobilidade humana e relações sociais, com impacto sobre a saúde mental e práticas sexuais. Nesse estudo de corte transversal, investigamos a influência da pandemia da COVID-19 sobre o uso da profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) entre pacientes do ambulatório de um serviço público em São Paulo, Brasil.

Método

Usuários de PrEP foram convidados a participar do estudo entre agosto e dezembro de 2020, respondendo a um questionário de autopreenchimento ou aplicado por um investigador do estudo. Foram coletados dados a respeito do impacto da COVID-19 sobre hábitos sexuais, práticas de prevenção para infecções sexualmente transmissíveis, acesso a serviços de testagem e tratamento. Variáveis associadas à piora no acesso à saúde sexual ou aumento da vulnerabilidade sexual durante a pandemia foram exploradas em análises univariadas.

Resultados

Foram incluídos 209 participantes, com mediana de idade de 33 anos; a maioria declarou-se com gênero masculino (98%) e raça/cor branca (71%). A maioria diminuiu o número de parceiros sexuais totais (77%) e casuais (78%) durante a pandemia. A pandemia não alterou de forma significativa o uso de preservativos ou o acesso a serviços de saúde sexual. A redução no uso de PrEP foi observada em cerca de um quinto dos entrevistados. Não encontramos associações entre fatores sociodemográficos e maior vulnerabilidade ao HIV; entre participantes que relataram trabalho em regime integral, 6% tiveram redução do acesso aos serviços de saúde sexual, comparado a 15% entre participantes em regime parcial de trabalho ou desempregados (p = 0,031).

Conclusão

Os impactos de longo prazo das restrições do COVID-19 nos comportamentos sexuais de grupos vulneráveis precisam ser monitorados porque podem prenunciar flutuações na cobertura de prevenção e risco de infecção por HIV. Políticas de apoio social e de cuidado à saúde, feitas sob medida durante períodos de redução de mobilidade e acesso aos serviços devem ser disponibilizadas para essas populações. Os desafios para a PrEP e o acesso aos testes sorológicos exigirão a implementação de soluções inovadoras para evitar a expansão da epidemia de HIV e a colisão de pandemias.

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