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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-119
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IMPACTO DA CIRCULAÇÃO COMUNITÁRIA DE DIFERENTES VARIANTES DE SARS-COV-2 EM PACIENTES PEDIÁTRICOS EM HOSPITAL TERCIÁRIO EM SÃO PAULO-SP
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Juliana V. Souza Framil, Vivian C. Vidal Tresmondi, Karina Machado Peron, Anna Maria Kamimura, Murillo Barbosa Crivillari, Jaques Sztajnbok, Alfio Rossi Junior
Instituto da Criança (ICr), Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

No Brasil, a pandemia de COVID-19 apresentou três grandes ondas. A primeira onda ocorreu de março a maio de 2020 e foi causada, predominantemente, pelas variantes B1.1.28, B1.1.33 e B1.1. A segunda onda se iniciou em dezembro de 2020 e teve seu pico em março e abril de 2021. As principais variantes envolvidas na segunda onda foram as variantes P1 (Gamma) e P2. A terceira e maior das ondas ocorreu em janeiro e fevereiro de 2022, sendo majoritariamente causada pela variante BA.1 (Ômicron). A prevalência da COVID-19 entre adultos é substancialmente maior do que na população pediátrica. Além disso, quando adoecem, crianças e adolescentes usualmente apresentam quadro mais leves e melhor prognóstico. Em nosso serviço, observamos diferença significativa na taxa de positividade de COVID-19 de acordo com a variante predominante na comunidade, com considerável aumento do número de casos no mês de janeiro 2022.

Objetivo

Avaliar o número de casos de COVID-19 em pacientes pediátricos atendidos em hospital público terciário no município de São Paulo e correlacionar esta incidência com as variantes predominantes na comunidade.

Método

Estudo retrospectivo, que avaliou o número de casos de COVID-19 em pacientes pediátricos do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICr-HCFMUSP), no período de 01/04/2021 a 25/04/2022. A incidência encontrada foi comparada às variantes do SARS-CoV-2 em circulação na comunidade.

Resultados

Observamos aumento do número de casos investigados a partir de maio de 2021, chegando a 259 casos/mês. Apesar disso, o aumento do número de casos confirmados de COVID-19 só ocorreu em janeiro de 2022 (n = 86), juntamente com o pico de circulação da variante Ômicron. O mesmo ocorreu em pacientes assintomáticos: aumento das solicitações de RT-PCR SARS-CoV-2 a partir de maio de 2021 (n = 247), entretanto o aumento de casos de COVID-19 assintomático só se deu em janeiro de 2022 (n = 33). A taxa de positividade aumentou apenas em janeiro de 2022, chegando a 31% em pacientes sintomáticos e 21% entre assintomáticos.

Conclusão

A análise da incidência dos casos de COVID-19 na pediatria mostrou maior taxa de positividade de casos sintomáticos e assintomáticos durante a circulação da variante Ômicron na comunidade, sugerindo maior susceptibilidade dessa população a esta variante, quando comparada às variantes que circularam em outros períodos da pandemia.

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