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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐207
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HISTOPLASMOSE DISSEMINADA ASSOCIADA A LEISHMANIOSE VISCERAL E TUBERCULOSE MILIAR EM PACIENTE HIV/AIDS: RELATO DE CASO
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Mariana Cunha de Sousa, Izabella Oliveira Costa, Jamison Vieira de Matos Júnior, João Eduardo Andrade Tavares de Aguiar, Alexia Ferreira Rodrigues, Bruna Mariana Prenazzi Chaves, João Paulo Andrade Fonseca, Rebeca Christel dos Santos Félix De Santana, Alex Ricardo Ferreira, Jerônimo Gonçalves de Araújo
Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristovão, SE, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A histoplasmose ocorre em 5 a 10% dos pacientes HIV+ em áreas endêmicas e pode evoluir para forma disseminada com taxas de mortalidade acima de 50% em certas regiões.

Objetivo: Relatar um caso de histoplasmose disseminada com coinfecção em paciente HIV+.

Metodologia: Homem de 40 anos, internado em agosto de 2020, diagnosticado 3 meses antes com HIV/AIDS. À internação, havia começado a apresentar tosse com escarro purulento, disfagia e dolorosas úlceras labiais. Referiu déficit em hemicorpo direito e urgência miccional com episódios de incontinência. Fazia uso de terapia antirretroviral e cotrimoxazol. Estava levemente anêmico e leucopênico, com CD4=12/mm3 e carga viral no limite máximo. Constataram‐se lesões orais sugestivas de monilíase, lesões interdigitais sugestivas de micose em pododáctilos e hemiparesia direita. Exames de imagem mostraram hepatoesplenomegalia, múltiplos nódulos hepáticos, pouco líquido livre em cavidade abdominal e sinais de esteatose hepática nodular. Com quadro sugestivo de leishmaniose visceral, foi feito teste rápido rK39, sendo reagente, e iniciou‐se anfotericina B lipossomal. Realizou‐se TC de tórax, revelando micronódulos com distribuição randômica, nódulos sólidos com atenuação em vidro fosco, com focos de escavação e granulomas. Foram feitas biópsia transbrônquica e de linfonodo inguinal onde, na primeira, encontraram‐se padrões sugestivos de tuberculose miliar e histoplasmose pulmonar e, na segunda, leveduras compatíveis com histoplasmose. Em TC de crânio, observou‐se redução de volume encefálico e tênue opacidade em região nucleotalamocapsular à esquerda apresentando efeito de massa com desvio da linha média. Não houve resposta após tratamento para neurotoxoplasmose. Ao instituir‐se tratamento para histoplasmose houve significativa melhora das lesões iniciais, confirmada por TC de crânio de controle. Encontra‐se em uso da TARV, profilaxias, COXCIP, anfotericina B lipossomal e fluconazol.

Discussão/Conclusão: No Brasil, cerca de 886 mil pessoas vivem com HIV/AIDS. O diagnóstico tardio ocorre em 40% dos casos, aumentando o risco de infecções oportunistas. A histoplasmose pulmonar crônica costuma atingir pessoas imunocomprometidas e, nesses casos, pode assumir caráter progressivo de gravidade variável, estando comumente associada a outras infecções como tuberculose. Casos de coinfecção como a descrita tornam o diagnóstico e tratamento desafiadores.

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