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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 182
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FUNGEMIA POR WICKERHAMOMYCES ANOMALUS PÓS-TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA ALOGÊNICO HAPLOIDÊNTICO: UM RELATO DE CASO
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Nubia Leilane Barth Schierlinga, Allan Henrique Cordeiro da Silva Silvaa, Carolina Monteiro Camposa, Maicon Ramos Pintoa, Alana Gomes Pecorarib, Fernanda Pereira Pedrosoa
a Hospital Nossa Senhora das Graças, Curitiba, PR, Brasil
b Hospital de Clínicas, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

Wickerhamomyces anomalus é um microorganismo teleomorfo do gênero Candida. É um patógeno raro, que tem sido exponencialmente relatado como um agente causador de fungemia tanto em pacientes imunocompetentes quanto nos imunocomprometidos. Apesar de sua característica ubíqua na natureza, infecções sistêmicas isoladas e surtos esporádicos têm sido relatados em UTIs, com alta mortalidade. Caso: E.T., masculino, 55 anos, no vigésimo sexto dia de seguimento pós transplante alogênico haploidêntico de medula óssea para tratamento de leucemia mielóide aguda, iniciou com picos febris durante internação. Foram realizadas hemoculturas de cateter central e sangue periférico, com crescimento de Wickerhamomyces anomalus. Tratamento iniciado com a retirada do cateter central e a manutenção de voriconazol 100 mg/dia, que já havia sido introduzido pela equipe assistente devido a piora clínica. Após sete dias de terapia antifúngica houve persistência de fungemia em hemoculturas com ausência de melhora clínica do paciente, optado então pela suspensão do voriconazol e início de micafungina 100 mg/dia. Quatro dias após terapia antifúngica específica, o paciente começou a apresentar melhora clínica, optando-se pela permanência dessa equinocandina, sem associação de outro antimicrobiano. Com vinte e dois dias de terapia antifúngica, e três hemoculturas de controle negativas para W. anomalus, optada pela suspensão da micafungina, junto de introdução de terapia antifúngica profilática.

Comentários

W. anomalus é um patógeno frequentemente encontrado no meio ambiente. Apesar de raramente ser isolado como causador de fungemia, possui alta taxa de mortalidade, chegando a 38 e 42% nas populações adulta e pediátrica, respectivamente. Sua apresentação clínica pode ser diversa, como ventriculite cerebral em neonatos, endocardite em usuários de drogas injetáveis, e infecção do trato urinário (ITU) pós transplante renal. Seu tratamento requer terapia antifúngica sistêmica, tendo sido relatado sucesso terapêutico com anfotericina B, equinocandinas, fluconazol ou miconazol. Em conclusão, a fungemia por W. anomalus é um raro diagnóstico diferencial de infecções invasivas em pacientes hospitalizados, sendo de suma importância sua suspeição e identificação precoces, especialmente em pacientes imunossuprimidos de alto risco.

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