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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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FREQUÊNCIA DE ESPÉCIES DE CANDIDA ISOLADAS DE INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUINEA NO PERÍODO 2010 A 2022 EM UM HOSPITAL DA CIDADE DE SALVADOR – BAHIA
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Ana Carolina Palmeira Arraes
Corresponding author
carolarraes@yahoo.com.br

Corresponding author.
, Daniela da Silva Nascimento, Thamires Gomes Lopes Weber, Tatiana Theodoro Tinetti, Flavia de Araujo Sena, Claudia Alves da Silva Lisboa, Talita de Jesus Caldas Nunes, Ana Verena de Almeida Mendes, Maria Goreth Matos de Andrade Barberino
Hospital São Rafael, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivo

Candidemia é uma das principais Infecções de Corrente Sanguínea (ICS) em hospitais terciários, associada a maior permanência hospitalar e taxas de mortalidade, principalmente em pacientes críticos, em uso de antibióticos, imunossupressores, nutrição parenteral e procedimentos invasivos. Nos últimos anos, infecções causadas por Candida não-albicans tem aumentado de forma significativa, especialmente C. parapsilosis, C. tropicalis, C. glabrata e C. krusei. O objetivo desse trabalho foi descrever a prevalência das espécies de Candida isoladas em ICS em um hospital terciário da cidade de Salvador-Bahia.

Métodos

Foi realizado um estudo retrospectivo para avaliar a frequência das espécies entre 2010 e 2022. A identificação foi realizada pelos sistemas automatizados (Vitek 2, bioMérieux) e meio cromogênico no período de 2010 a 2013, e pelo Maldi-tof (Vitek-MS, bioMérieux) entre 2014 e 2022. Resultados: Computou-se um total de 721 casos no período, com média de 61 casos por ano, sendo o maior número de isolados em 2021 (84 = 11,6%) e o menor em 2016 (33 = 4,6%). Com relação a distribuição de espécies, C. não-albicans correspondeu a 81,1% (585) e C. albicans 18,9% (136). Dentre as não-albicans, observamos maior frequência de C. parapsilosis 35,1% (253), seguido por C. tropicalis 19,5% (141), C. glabrata 14,6% (105), C. krusei 2,9% (21), C. orthopsilosis 1,9% (14) e C. guilliermondii 1,5% (11). Outras espécies isoladas com menor frequência (≤1%) foram: C. metapsilosis, C. haemulonii, C. kefyr, C. peliculosa, C. lusitaniae e C. duobushaemulonii.

Conclusão

Nosso estudo corrobora os dados mostrados na literatura com relação as principais espécies não-albicans, especialmente C. parapsilosis, C. krusei e C. glabrata (n=499/69,2%). Verificamos maior isolamento de C. parapsilosis em 2021 e 2022, o que pode ser justificado pela pandemia de COVID-19, que predispôs os pacientes a infecções secundárias causadas por Candida, Aspergillus, Fusarium e Trichosporon. Além da COVID-19, outros fatores que podem ter contribuído para o aumento de casos de fungemias nestes pacientes foram o uso amplo de antimicrobianos e antifúngicos, seja para tratamento ou profilaxia de infecções, a capacidade de produção de “biofilme” por estes microrganismos e falhas na aplicação de medidas de prevenção e controle de infecções em ambientes hospitalares.

Palavras-chave:
Candidemia
Candida
Infecção de corrente sanguínea
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