12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoIntrodução: As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) estão entre os eventos adversos mais frequentes e são um desafio global de saúde. Os médicos estão entre os profissionais menos aderentes às medidas de prevenção de infecção e uma das razões é a formação médica inadequada.
Objetivo: Testar se os estudantes de Medicina apresentam conhecimento suficiente acerca das noções básicas sobre infecções relacionadas à assistência à saúde.
Metodologia: Estudo do tipo inquérito que consistiu na aplicação de um questionário sobre noções de IRAS aos estudantes de Medicina do 5° e 6° ano do curso. 129 alunos responderam o questionário de perguntas com respostas sim/não, que é divido em três áreas de conhecimento: infecção nosocomial (NI), precauções padrão (SP) e higiene das mãos (HH), compondo um total de 25 pontos. Também foi perguntada a forma predominante pela qual o conhecimento foi obtido. Considerou‐se como conhecimento adequado para cada área 70% ou mais de respostas corretas. Observado este ponto de corte, a pontuação mínima foi de 3.5 para NI; 8.4 para SP; 5.6 para HH e 17.5 no escore total.
Resultados: Os estudantes de Medicina atingiram a pontuação mínima esperada sobre noções de IRAS (escore total: 19.37±1.63). Contudo, obtiveram desempenho inferior ao estabelecido na área HH (Média: 4.96±1.06) e a diferença entre ela e as demais áreas foi significante estatisticamente (p<0.001).
Discussão/Conclusão: Apesar de a formação médica ser aparentemente suficiente a respeito das noções de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), há fragilidades em conceitos básicos. O desconhecimento sobre questões fundamentais na prevenção de infecções pode estar relacionado à má aderência dos médicos em relação às medidas de prevenção de IRAS.