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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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FEOHIFOMICOSE SUBCUTÂNEA POR EXOPHIALA SP. EM PACIENTE TRANSPLANTADO HEPÁTICO, UM RELATO DE CASO
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Amanda Stinghen Correia
Corresponding author
aamanda94@hotmail.com

Corresponding author.
, Denise Semchechen Hnatiuk, Alexandre Dornbusch, Núbia Leilane Barth Schierling, Gabriele da Silva
Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Curitiba, PR, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Feohifomicose é uma doença causada por dematiáceos (fungos pigmentados) e tem maior incidência em pacientes imunossuprimidos, principalmente aqueles em uso de corticoide, transplantados de órgãos sólidos, portadores de neoplasia e diabéticos. Paciente masculino, transplantado hepático em 2021 por cirrose alcoólica e hepatocarcinoma, em uso de tacrolimus, admitido no serviço de emergência por lesões nodulares e eritematosas em membro inferior esquerdo. Cultura de biópsia de pele com crescimento de Exophiala spp. Iniciado tratamento com itraconazol. Após 30 dias sem melhora das lesões, optou-se por trocar para vorizonacol intravenoso em regime domiciliar. Após 4 meses desta terapia, ainda sem melhora as lesões e com aparecimento de novos focos, realizado nova biópsia de pele, com detecção de fungo ainda viável na amostra. Administrado então anfotericina B lipossomal por 12 dias, suspensa por disfunção renal. Realizada internação para ressecção cirúrgica das lesões, seguido de posaconazol via oral por 30 dias, com melhora clínica. Após alta seguiu com itraconazol por mais 6 meses, com resolução das lesões e suspensão do antifúngico em seguida. Dematiáceos são microrganismos saprófitos que podem causar infecção no ser humano por inoculação traumática. O termo feohifomicose foi introduzido em 1974 e atualmente é utilizado para definir infecções por fungos pigmentados, abrangendo desde lesões superficiais até doença sistêmica. Não existe um consenso bem estabelecido sobre o tratamento desta patologia, entretanto, o itraconazol via oral tem sido citado por muitos especialistas como droga de escolha, com boa resposta na prática clínica. Voriconazol e posaconazol também demonstraram boa atividade in vitro contra este grupo de fungos. Ainda, a anfotericina B lipossomal tem sido vista como uma boa terapia alternativa em alguns casos. Recomenda-se associação de dois antifúngicos em casos mais complexos, como abscesso cerebral, infecção disseminada ou hospedeiro imunossuprimido. Não há tempo de tratamento padrão, sendo esta decisão geralmente baseada na resposta clínica, podendo durar de várias semanas a vários meses. Faz-se importante ressaltar, ainda, que um dos principais pilares para cura do paciente com feohifomicose subcutânea é a excisão cirúrgica das lesões. Por fim, vale lembrar que no Brasil as micoses não são doenças de notificação compulsória, o que gera uma lacuna nos dados sobre sua incidência e dificulta o controle epidemiológico destes casos.

Palavras-chave:
Microse
Fungos
Feohifomicose
Exophiala
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