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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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FATORES SOCIOECONÔMICOS E MICROBIOLÓGICOS (“CANDIDA ALBICANS”) RELACIONADOS À INFECÇÃO PELO HPV EM MULHERES ATENDIDAS EM HOSPITAL DE SÃO PAULO/BRASIL
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Debora Moreiraa,
Corresponding author
abemicol@usp.br

Corresponding author.
, Mário Mendes Boncib, Regina Teixeira Barbieria, Rennan Luiz Oliveira dos Santosa, Luciana da Silva Ruizc, Claudete Rodrigues Paulaa
a Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
b Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica, RJ, Brasil
c Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/objetivo

O câncer cervical inicia-se com alterações celulares geradas por infecções persistentes de formas oncogênicas do HPV, que está associado ao câncer em múltiplos sítios anatômicos em homens e mulheres. As infecções por esse vírus diminuem a imunidade dos pacientes acometidos, facilitando a proliferação de fungos oportunistas (“Candida albicans”). O presente trabalho tem como objetivo estudar a microbiota das mucosas (oral, vaginal e perianal) de mulheres com HPV atendidas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, correlacionar as resultados obtidos com hábitos de vida e histórico médico, e estudar amostras de leveduras (“Candida albicans”) isoladas dessas mucosas e verificar a presença de clones de mesma origem genética nos três sítios anatômicos estudados.

Métodos

Um total de 105 mulheres com queixa inicial de condição relacionada à infecção pelo HPV foram incluídas no estudo. Essas mulheres, com idade entre 18 e 70 anos, tiveram o diagnóstico de infecção pelo HPV confirmado por citologia e/ou pesquisa de DNA/HPV. Foram investigadas variáveis sociodemográficas (idade ao diagnóstico do HPV, índice de massa corporal, escolaridade e estado civil), reprodutivas (idade da menarca e primeira sexarca, gestações, abortos, número de filhos), clínicas (comorbidades, tipo citológico de lesão e tipo do HPV) e relacionados aos hábitos de vida (alcoolismo, tabagismo, uso de medicamentos e uso de anticoncepcionais orais), além da análise microbiológica (“Candida” spp.) do material coletado e semeado.

Resultados

Fatores como número de filhos, escolaridade, estado civil, presença de lúpus e transplantes foram os mais importantes para a ocorrência do HPV. As lesões citológicas NIC II e III (alto risco/alto grau) foram as mais prevalentes, sendo o tipo HPV 16 o mais frequente entre as mulheres estudadas. Em relação à microbiologia vaginal, apenas 10% apresentavam “Lactobacillus” spp. Na coloração de Gram. A presença de “Enterobacteriales”, vaginose bacteriana e/ou vulvovaginite fúngica foi observada em 19%, 13% e 22%, respectivamente, na microbiota vaginal. Entre as mulheres com vulvovaginite fúngica, 75% tinham “Candida albicans”.

Conclusão

Os resultados obtidos indicam que a investigação e manutenção da microbiota da mulher podem atuar como fortes aliadas para a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças como o câncer de colo de útero/HPV na mulher.

Palavras-chave:
Câncer Micoses Prevenção Leveduras Hábitos
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