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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 44 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 44 (December 2018)
EP‐021
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FATORES DE RISCO, TRATAMENTO E EVOLUÇÃO CLÍNICA DAS INFECÇÕES EM OSTEOSSÍNTESES PÓS‐FRATURAS EXPOSTAS
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Ricardo Cantarim Inacio, Eduardo Alexandrin Servolo de Mede, Adriana Macedo Dell Aquila
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil
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Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 6 ‐ Horário: 10:30‐10:35 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: Osteossíntese pós‐fratura de ossos longos representa grande causa de infecção, principalmente nas fraturas expostas com risco de infecção de 10‐15%. Cocos gram‐positivos são os principais agentes isolados, seguidos dos bacilos gram‐negativos. Recrudescência da infecção pode variar de 20 a 30%, apesar do tratamento com antimicrobianos e da limpeza cirúrgica da osteossíntese de ossos longos da extremidade inferior.

Objetivo: Identificar variáveis de risco para infecção de sítio cirúrgico em pacientes submetidos a osteossíntese pós‐fratura exposta. Avaliar a incidência das bactérias causadoras de infecções e determinar a evolução clínica desses pacientes.

Metodologia: Estudo tipo coorte com análise dos pacientes maiores de 18 anos submetidos a osteossíntese pós‐fratura exposta em hospital terciário de referência em tratamento de trauma e cirurgia ortopédica na cidade de Guarulhos/SP de 1 de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2016.

Resultado: Houve 157 pacientes com 168 fraturas expostas em 2016, com 16,56% de infecção. Não houve diferença entre a idade e as comorbidades nos grupos dos pacientes que evoluíram ou não com infecção. Não houve diferença em relação à classificação de G&A entre aos grupos, porém houve tendência de infecção nas fraturas dos membros inferiores. Os pacientes que infectaram tiveram tempo maior de espera para a cirurgia definitiva de estabilização da fratura e maior tempo intraoperatório. A administração do antimicrobiano não apresentou diferença significativa nos dois grupos, porém o não uso de antimicrobiano profilático nos pacientes mais graves mostrou ser fator positivo para infecção e o uso de gentamicina + clindamicina na profilaxia cirúrgica mostrou fator protetor nesses pacientes para infecção. As bactérias isoladas nos pacientes com infecção aguda foram mais resistentes aos antimicrobianos. Nas infecções agudas houve dois pacientes que recidivaram após o tratamento com limpeza cirúrgica e manutenção do material e nesses dois casos houve isolamento de bacilos gram‐negativos.

Discussão/conclusão: Fraturas expostas de membros inferiores são mais propensas a infecção. Deve‐se também dar preferência ao tratamento com gentamicina e clindamicina nas fraturas mais graves. Há tendência de aumento de bactérias gram‐negativas causadoras de infecção, principalmente nas infecções agudas de bactérias multirresistentes, e, ao contrario do que os trabalhos anteriores relatavam, estão associadas a um maior grau de recidiva da doença.

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