A Pandemia da COVID-19 provocou mudanças na dinâmica da Convivência familiar, principalmente em decorrência do risco de infecção.
ObjetivoAnalisar os fatores associados ao isolamento familiar de profissionais de enfermagem brasileiros durante a pandemia de COVID-19.
MétodoEstudo transversal analítico realizado com profissionais de enfermagem brasileiros entre os meses de outubro a dezembro de 2020. Os dados foram coletados por meio de questionário on-line construído na plataforma Survey Monkey. Foi usada regressão logística para determinar os fatores associados ao isolamento familiar de profissionais de enfermagem brasileiros durante a pandemia de COVID-19.
ResultadosParticiparam do estudo 7595 profissionais de enfermagem, 4813 (63,4%) enfermeiros, 6832 (90%) na faixa etária de 18 a 30 anos, 6482 (85,3%) do sexo feminino. As variáveis: “ter crianças menores de 12 anos residindo no mesmo domicílio” (Odds ajustadas: 1,324; IC 95% 1,199 – 1,462; p = 0,000), “receber da instituição de trabalho EPI em quantidade suficiente para o uso” (Odds ajustadas 1,397; IC 95% 1,222-1,598; p = 0,000), “receber da instituição de trabalho EPI de boa qualidade” (Odds ajustadas: 1,247; IC 95% 1,107-1,405; p = 0,000) e “não terem sido diagnosticados com COVID-19” (Odds ajustadas 1,438; IC 95% 1,299 - 1,591; p = 0,000) foram independentemente associadas ao isolamento familiar.
ConclusãoProfissionais da equipe de enfermagem adotaram medidas de isolamento do convívio familiar, em especial aqueles com crianças menores de 12 anos residindo no mesmo domicílio, que receberam EPI de em quantidade suficiente para uso e de boa qualidade e os que não foram diagnosticados com COVID-19.