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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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FATORES ASSOCIADOS À INCIDÊNCIA DE SÍFILIS EM PESSOAS VIVENDO COM HIV EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA EM SALVADOR
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Rafaella Tambone Barrala,
Corresponding author
rafaellatambonebarral@gmail.com

Corresponding author.
, Monaliza Cardozo Rebouçasb, Maria Fernanda Bahia Bacellar Souzac, Thiago Pinho Cordeiro Araújoa, Leonardo Bandeira Cerqueira Zollingerc, Maria Alice Magalhães Marquesc, Ana Julia do Nascimento Araújoc, Priscila Alkmim de Oliveira Magnavita de Sousac, Marcio Pires dos Santosb, José Adriano Goes Silvab, Miralba Freire de Carvalho Ribeiro da Silvad, Fabianna Márcia Maranhão Bahiab
a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Salvador, BA, Brasil
b Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP), Salvador, BA, Brasil
c Universidade Salvador (UNIFACS), Salvador, BA, Brasil
d Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivo

A sífilis ainda se constitui um grave problema de Saúde Pública, com frequência e gravidade maiores entre as pessoas que vivem com HIV (PVHIV). Um aumento acentuado na incidência de sífilis ocorreu em vários países nos últimos anos, incluindo o Brasil. Nosso objetivo foi investigar os fatores associados à incidência de sífilis em PVHIV acompanhados no Centro de Referência Estadual DST/HIV/AIDS em Salvador.

Métodos

Trata-se de um estudo de coorte, envolvendo PVHIV matriculadas no CEDAP em 2017 e que realizaram investigação para sífilis na ocasião da matrícula. O diagnóstico da sífilis foi realizado com o teste rápido treponêmico (teste qualitativo) e o VDRL (teste quantitativo) no soro. Identificamos incidência de sífilis como viragem de teste treponêmico positivo ou um aumento ≥2 vezes nos títulos consecutivos de VDRL, conforme fluxograma laboratorial definido pelo Ministério da Saúde, realizado após o exame basal até 31/12/2022. Calculamos o risco relativo e a densidade de incidência de sífilis ao longo de 5 anos. O cálculo amostral considerou o poder estatístico de 80% e erro de 5%, com amostragem aleatória simples. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Sesab e obteve apoio financeiro do CNPQ.

Resultados

A amostra foi composta por 381 PVHIV, com média de idade de 36,7 (±10,9) anos. Do total, 64,6% eram do sexo masculino, residentes em Salvador (77,7%), autodeclarados negros ou pardos (87,4%), solteiros (71,7%), com até 8 anos de estudo (49,8%), heterossexuais (55,7%). Na ocasião da matrícula, 21,8% tiveram diagnóstico de sífilis, 23,1% com passado de sífilis. Ocorreram 37 casos novos de sífilis com densidade de incidência 30,3 casos por pessoa-ano. Cerca de 29,7% dos casos eram sintomáticos (manchas e lesões de pele mais descritas) e 37,8% foram classificados como sífilis latente. Os pacientes com casos novos de sífilis eram ligeiramente mais jovens (34,9 versus 36,8 anos de idade média; p > 0,05), mais propensos a serem homens (p = 0,02; RR 3,5 IC95% 1,4 – 8,8), solteiros (p = 0,58), homem que faz sexo com homem (p < 0,01; RR 3,2 IC95% 1,6 – 6,3;), negros e pardos (p > 0,05).

Conclusão

Os casos novos de sífilis foram frequentes entre PVHIV, com taxas mais elevadas entre homens e HSH com sífilis adquirida no período. Estratégias de diagnóstico para infecções sexualmente transmissíveis devem priorizar esse grupo de pacientes (PVHIV).

Palavras-chave:
HIV Sífilis Incidência
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