Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 8 ‐ Horário: 10:37‐10:42 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)
Introdução: As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são doenças preveníveis e com alta morbimortalidade. Nos últimos anos essas doenças têm se expandido entre os jovens. A exemplo disso, a sífilis adquirida aumentou sua taxa de detecção em mais de 20 vezes quando comparados 2010 e 2016 e a faixa com maior aumento foi de 13‐19 anos.
Objetivo: Mensurar a exposição dos adolescentes de Cuiabá às IST.
Metodologia: Estudo descritivo, feito em agosto de 2018, com 243 adolescentes de uma escola da rede pública de Cuiabá. Foi usado como ferramenta de coleta de dados um questionário autoaplicável e não identificável. Foram avaliadas variáveis referentes às características demográficas, ao comportamento sexual e ao uso de preservativo. Foi feita ainda educação em saúde com os alunos.
Resultado: Os escolares cursavam entre o primeiro ano do ensino médio e o terceiro ano, com faixa entre 14 e 20 anos. Os adolescentes masculinos compunham 52,7% (n=128) da amostra e femininos 47,3% (n=115). Dentre os escolares, 64,1% afirmaram ter vida sexual ativa, 58% são jovens do sexo masculino e 42% do feminino. Dentre aqueles que têm vida sexual ativa, 34,2% afirmam usar preservativo em todas as relações sexuais, 56,8% afirmam usar preservativo às vezes e 9% disseram nunca usar. Observou‐se maioria dos meninos entre os que usam preservativo sempre (58,4%) e entre os que usam às vezes (59%). Entre as meninas que afirmaram ter vida sexual ativa, a proporção de quem não usa camisinha (10,7%) é maior do que entre os meninos (7,7%) que afirmam ter vida sexual ativa. Após o questionário, foi feita educação em saúde com os adolescentes, momento no qual foi ressaltada a importância do uso do preservativo em todos os tipos de relações sexuais, e foram passadas para os alunos as consequências que a prática do sexo desprotegido pode gerar. Percebeu‐se que os alunos tinham muitas dúvidas referentes a prática do sexo protegido, principalmente quanto à possibilidade de adquirirem uma IST sexo anal e oral sem preservativo e quanto ao anticoncepcional que alguns acreditavam funcionar como medida de prevenção para as IST.
Discussão/conclusão: Os dados colhidos mostram que a maioria já tem vida sexual ativa, especialmente entre os meninos, e que a quantidade de meninas que não usa preservativo é maior. Por fim, ficou clara a necessidade de campanhas que promovam um diálogo com os jovens, a fim de sanar suas dúvidas e promover saúde.