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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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EVOLUÇÃO CLÍNICA DE SÍNDROMES RESPIRATÓRIAS LEVES, MODERADAS OU GRAVES, NA POPULAÇÃO QUE VIVE COM O HIV: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS CASOS POSITIVOS E NEGATIVOS PARA SARS-COV-2
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Camila Gonçalves Alves
Corresponding author
Goncalves.alves@unesp.br

Corresponding author.
, Michelle Venâncio Hong, Heloiza Thais Felippe de Camargo da Silva, Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza, Lenice do Rosário de Souza, Karen Ingrid Tasca
Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

Pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) podem apresentar um risco maior de internações e morte por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) devido às comorbidades não aids pré-existentes, que são mais frequentes nesta população. Com o surgimento da COVID-19, notou-se a necessidade de maior investigação sobre a evolução da SRAG nessa população devido aos dados divergentes que a literatura apresenta.

Objetivo

Analisar a evolução clínica e gravidade das síndromes respiratórias em PVHA atendidas em ambulatório ou hospitalizadas, e buscar associações entre os diferentes desfechos e o resultado da testagem para SARS-CoV-2, comorbidades presentes e parâmetros imunológicos (contagem de linfócitos TCD4+ e nadir).

Métodos

No período de 05/2020 a 03/2023, foram incluídos todos os casos de PVHA residentes em Botucatu, notificados nas plataformas E-sus e Sivep-Gripe. A lista de 361 PVHA investigadas foi proveniente de um serviço de infectologia de referência na região. Os grupos foram divididos de acordo com a positividade para SARS-CoV-2. Testes estatísticos aplicados: Teste T, Qui-quadrado, Binomial Negativa e ANOVA.

Resultados

Entre os 206 pacientes que apresentaram sintomas gripais, 91 (44,2%) testaram positivo para COVID-19, sendo mais frequentes a dor de garganta (44,0%, p = 0,050 em comparação aos não-COVID) náusea (8,8%, p = 0,023), distúrbios gustativos (16,5%, p = 0,005) e mialgia (35,2%, p = 0,009). Os grupos foram homogêneos para idade, sexo, T CD4+ e nadir. Houve necessidade de internação para apenas 15 (7,2%) pessoas, sendo 5 positivas para SARS-CoV-2. Somente a baixa contagem de TCD4+ (p <,001) e nadir (p <,0001) foram associados à internação. Todos os hospitalizados por COVID-19 apresentaram ao menos uma comorbidade, diferentemente do grupo não-COVID (p = 0,025), entre elas, asma, cardiopatia e dislipidemia. Não houve diferença entre os grupos quanto ao uso de suporte ventilatório e internação em unidade de terapia intensiva (UTI), todavia houve diferença para o desfecho óbito, que foi maior no grupo COVID-19 (40%, n = 2) em relação ao não-COVID (60%, n = 10).

Conclusão

A frequência de SRAG nas PVHA foi baixa, com menos casos notificados de COVID-19 comparados a outros agentes etiológicos. Apesar disso, o grupo COVID-19 teve pior desfecho clínico (óbito), cenário semelhante à população geral hospitalizada por SRAG. Contudo, requer atenção apenas as baixas contagens de T CD4+ e nadir, que foram associadas às internações, mas não necessariamente aos óbitos.

Palavras-chave:
HIV/Aids COVID-19 Síndrome Respiratória Aguda Grave
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