12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoIntrodução: O uso correto de máscaras faciais na comunidade é um dos pilares das medidas de prevenção à COVID‐19. Entretanto, muito pouco conhecemos quanto aos hábitos e adesão da população a essa prática tão estratégica, seja quanto ao uso, seja quanto ao uso correto.
Objetivo: Mensurar a adesão e tipo de uso, adequado ou inadequado, de máscaras faciais na população de uma região metropolitana severamente atingida pela COVID‐19, Baixada Santista, nas cidades de Santos, São Vicente, Praia Grande, Guarujá e Cubatão.
Metodologia: Observação por três dias consecutivos (entre 17 e 19 de junho de 2020) no mesmo ponto, e pelo mesmo observador, da prática do uso de máscaras faciais em vias de alto fluxo de pedestres. Coletou‐se o uso ou não uso e se o mesmo era correto (cobrindo nariz, boca, sem manusear a máscara e bem ajustado ao rosto) ou incorreto.
Resultados: 12588 observações, 45,1% uso correto, 15,5% sem máscara, 12,9% nariz e/ou boca expostos, 7,8% tocando a máscara, 6,8% máscara mal ajustada.
Discussão/Conclusão: Em 12.588 observações realizadas apenas 45,1% das pessoas usava a máscara corretamente. Simplesmente não a usavam 15,5% e o percentual restante fazia uso inadequado (12,9% com nariz e/ou boca expostos, 12% com nariz exposto, 7,8% tocando a máscara com frequência e 6,5% com a máscara mal ajustada ao rosto). Os números chamam a atenção e revelam que estamos longe da máxima efetividade dessa prática preventiva. Certamente isso configura um enorme risco adicional para a infecção pelo SARS‐CoV‐2, sobretudo no momento de reabertura da Sociedade que vivemos. É absolutamente necessário educar a população e fiscalizar quanto ao correto uso da máscara para não termos a falsa impressão de proteção e ampliar o número de infectados.