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Vol. 28. Issue S1.
IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
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IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
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ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS DE 2018 A 2022 NO ESTADO DE GOIÁS.
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Vitória Araújo Porto Silvaa,b, Juciele Faria Silvaa,b, Larissa Martins de Abreua,b, Marcela Mendes Camposa,b, Michele Rodrigues Carmoa,b, Anna Luiza Silva Carvalhoa,b, Maysa Aparecida de Oliveiraa,c, Onésia Cristina De Oliveira Limaa,b, Wátila de Moura Sousaa,b, Leonardo Alves Rezendea,b
a Programa de Residência em área Profissional da Saúde – Atenção Clínica Especializada, Modalidade Multiprofissional – Infectologia – HDT/LACEN - Secretaria do Estado de Saúde de Goiás, Goiânia, GO, Brasil
b Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), Goiânia, GO, Brasil
c Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (LACEN- GO), Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, GO, Brasil
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Vol. 28. Issue S1

IV Congresso Goiano de Infectologia

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Introdução

Animais peçonhentos são aqueles que produzem peçonha (veneno) e possuem algum aparato para injetá-la em presas ou predadores. Os principais animais peçonhentos que causam acidentes no Brasil são algumas espécies de serpentes, de escorpiões, de aranhas e outros. As toxinas, em quantidades relevantes, causam lesões fisiopatológicas e podem ser letais.

Objetivos

Analisar e descrever a epidemiologia dos acidentes por animais peçonhentos nos últimos 5 anos no estado de Goiás.

Métodos

Este é um estudo epidemiológico descritivo, realizado em março de 2024, em que se obteve suas informações ao consultar a base de dados que é fornecida pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS) por meio da ferramenta TABNET. A pesquisa focou nas informações das notificações de indivíduos que foram vítimas de acidente por animal peçonhento em Goiás, abrangendo o período de janeiro de 2018 a dezembro de 2022. A análise estatística descritiva foi conduzida utilizando o software Microsoft Excel® 2016. O estudo em questão dispensa a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa pois é fundamentado em dados de acesso livre.

Resultados

Entre 2018 e 2022, obteve-se o total de 40.722 notificações por animais peçonhentos no estado de Goiás, destes, 61% (24662) foi por escorpião, seguido por acidente com serpentes 15% (5917), Aranha 8% (3420), outros 8% (3143), Abelha 6% (2334), Ignorado/Em branco 2% (650) e Lagarta 1% (596). Os dados indicam que 2022 corresponde ao ano com o maior número de acidentes (9302) e também o ano com o maior número de óbitos (20). Quanto à classificação dos casos, 82% foi classificado como leve, 13% (5232) como moderado, 3% como Ignorado/Em branco e 2% como grave. No que diz respeito à evolução de todos os casos notificados, 37.900 evoluíram com cura e cerca de 63 evoluíram com óbito pelo agravo notificado. Durante o período estudado, observou-se que 56% dos indivíduos (22826) levou até 1 hora para chegar ao atendimento hospitalar, e em 75% dos casos notificados não foi necessário fazer uso de soroterapia. Ao analisar o perfil dos indivíduos, cerca de 32% (12.861) tinham idade entre 20 e 39 anos, além disso, foi demonstrado que 56% (22.705) era do sexo masculino.

Conclusão

Conclui-se que as notificações de acidente por animais peçonhentos ainda possuem um número significativo. É importante destacar que no período estudado houve um aumento de casos notificados e de óbitos. Além disso, observou-se que no período estudado, o acidente mais prevalente se deu por picada de Escorpião e o sexo masculino foi o mais acometido.

Palavras-chave:
Animais Peçonhentos
Notificação
Epidemiologia
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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