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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐444
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ESPONDILODISCITE EM PACIENTE DIABÉTICO
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Anderson José de Oliveira, Lorran de Alcântara Coelho, Lucy Cavalcanti Ramos Vasconcelos
Universidade Federal do Acre (UFAC), Rio Branco, AC, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A espondilodiscite é uma doença causada por bactérias que acometem vértebras e instalam um processo infeccioso sobretudo na região lombar da coluna vertebral. Trata‐se de um quadro de osteomielite cujo agente causador mais comum são micobactérias e bactérias piogênicas com destaque para o Staphylococcus aureus responsável por 80 a 90% dos casos. A doença possui baixa incidência correspondendo a cerca de 3 a 5% de todos os casos de osteomielite, tem percurso insidioso e é de difícil diagnóstico, pois pode ser confundida com quadros de lombalgia os quais são recorrentes na população.

Objetivo: Relatar quadro clínico, epidemiologia e tratamento de um tipo de osteomielite.

Metodologia: P.R.A, 53 anos, aposentado, hipertenso, portador de diabetes melitus tipo I diagnosticado há dezessete anos, com amputação dos MMII relata dor em vértebras torácica e lombar. Internado no setor de infectologia do Hospital das Clínicas de Rio Branco (FUNDHACRE) apresenta quadro típico de espondilodiscite. Foi feita punção lombar e análise do LCR com resultado positivo para Staphylococcus aureus. Submetido a antibioticoterapia com vancomicina e cefepima apresentou tímida melhora do quadro.

Discussão/Conclusão: A espondilodiscite ocorre em cerca de 0,5 a 2,5 casos por cada 100.000 habitantes/ano3 sendo os homens com idades abaixo de 20 anos e entre 50 e 70 anos os mais incidentes. Dentre os fatores de risco mais comuns deste tipo de infecção óssea, a Diabetes Melitus é o fator mais comum no desenvolvimento da espondilodiscite piogênica. O paciente possui diabetes há mais de dezessete anos e, por não controlar corretamente os níveis de glicemia, desenvolveu quadros de pé diabético e isquemia de membros sendo necessária a amputação transfemural de ambos os membros. Seis meses após o procedimento cirúrgico o paciente passou a desenvolver quadro de fortes dores na região das vértebras apresentando melhora tímida e temporária quando era medicado com anti‐inflamatórios, mas que logo cessava seu efeito. A disseminação do Staphylococcus aureus na espondilodiscite pode ter três vias: por contiguidade, por inoculação direta e via hematogênica sendo esta a forma de disseminação da bactéria no organismo do paciente em questão gerando o foco infeccioso em nível de T9 e T11 das vérterbras constituindo cerca de 30% dos casos de espondilodiscite.

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