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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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(January 2022)
PI 104
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EPIDEMIOLOGIA DAS HEPATITES VIRAIS NO BRASIL ENTRE 2010 E 2020
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Ana Flávia de Mesquita Matos, Maria Stella Amorim da Costa Zöllner
Universidade de Taubaté (UNITAU), Taubaté, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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As hepatites virais são provocadas por 5 sorotipos de vírus com tropismo pelos hepatócitos e constituem-se como um importante agravo de saúde pública no Brasil, visto que geram amplos impactos de morbimortalidade por causarem uma inflamação no fígado e por terem a capacidade de evoluir para doença crônica. No Brasil, os principais sorotipos circulantes são os vírus A, B, C e D, responsáveis por causarem, respectivamente, Hepatite A, Hepatite B, Hepatite C e Hepatite D, doenças que se apresentam com características epidemiológicas e clínicas distintas. Assim, propõe-se analisar a incidência das hepatites virais no Brasil durante os anos de 2010 a 2020. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo observacional, baseado em dados provenientes dos Boletins Epidemiológicos de Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde, oriundos do Sistema de Informações de Agravos de Notificações do Sistema Único de Saúde (SINAN/DATASUS), além de dados quantitativos populacionais, de 2010 a 2020, provenientes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As variáveis coletadas foram as incidências de infecção por Hepatite A, B, C e D totais e de acordo com as 5 regiões do país. Constataram-se 388.188 casos de hepatites virais no Brasil entre o período de 2010 a 2020, havendo predomínio as infecções por Hepatite C, que foram responsáveis por 189.001 casos (48,69%), seguido das infecções por Hepatite B, que foram responsáveis por 153.304 casos (39,49%). Foi observado um aumento de incidência de hepatites virais, passando de 16,33 em 2010 para 16,87 em 2019, com ápice de 21,26 casos por 100.000 habitantes em 2015. Entretanto, evidenciou-se uma queda abrupta da incidência em 2020, que passou para 7,47, devido a uma provável subnotificação dos casos, decorrente da pandemia de COVID-19. Ademais, quando analisada a incidência nos sexos, obteve-se o maior número de casos no sexo masculino. Dessa forma, por meio do levantamento desses dados conclui-se que há necessidade de fortalecimento da capacidade dos sistemas de Vigilância Epidemiológica com relação a estratégia de saúde, além de identificação dos fatores de risco e de investimento em recursos midiáticos que informem a população acerca das formas de transmissão de cada tipo de hepatite, conferindo mecanismos efetivos e aplicáveis de prevenção e assistência, para que assim seja possível uma redução efetiva do número de casos dessas infecções.

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