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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
OR-08
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EPIDEMIOLOGIA DA PNEUMONIA ASSOCIADA A ASSISTÊNCIA À SAÚDE: AVALIAÇÃO DE PREDITORES DE MORTALIDADE
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Isabella Beda Icassati, Mariana Silva Guimarães, Aline Almeida Braga, Gabriel Rezende de Medeiros, Maria Luisa Peres Vilela, Marina Vellasco O. de Castro, Oemis Eduardo Xavier, Oxana Gaião dos Reis, Ana Paula Vieira de Moura, Lísia Gomes M.M. Tomich
Universidade de Rio Verde, Campus Aparecida, Goiânia, GO, Brasil
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Introdução

A pneumonia associada a assistência à saúde (PAAS) está frequentemente relacionada à ventilação mecânica (PAV), sendo considerada a complicação infecciosa mais comum nas unidades de terapia intensiva (UTI).

Objetivo

Esse estudo propõe investigar aspectos epidemiológicos, diagnósticos e clínicos como preditores de mortalidade intrahospitalar.

Método

Estudo observacional descritivo que avaliou dados clínicos, laboratoriais de prontuários de pacientes com diagnóstico de PAAS ocorrido de 07/16–07/19 em hospital terciário após aprovação de Comitê de Ética (3.237.319). As variáveis foram avaliadas conforme desfecho óbito, utilizando-se testes paramétricos e não paramétricos. Aplicaram-se regressão logística e linear para avaliar os possíveis fatores de risco para óbito utilizando-se o Epi Info.

Resultados

Incluíram-se 52 pacientes (média de idade de 73 anos) dos quais 24 (43%) apresentaram PAAS e 37 (67%) desenvolveram PAV. Do total, 31 (61%) evoluíram a óbito após tempo de internação médio de 20 dias (4-91), sendo que 28 foram classificados como PAV. A mediana de idade entre os pacientes que morreram foi de 79 anos (IQR 70-85), sendo 57,7% do sexo feminino. Entre os antecedentes, 97,5% tinham HAS, 52,5% ICC, 36,4%, cirurgia recente, 27,5% DPOC, 25% diabetes, 20% demência e 15% DRC. Entre os óbitos, 55,6% dos pacientes apresentaram broncoaspiração como causa da PAAS. A PCR elevada na internação e no momento do diagnóstico foram fatores de risco para óbito na análise univariada. 71,1% (37/52) do total de pacientes haviam feito uso recente de antimicrobianos. Mortalidade por Klebsiella pneumoniae foi de 60% (3/5), sendo todas as cepas produtoras de ESBL, por Pseudomonas aeruginosa foi de 75% (9/12), com somente uma cepa produtora de carpabenemase, e 66% (2/3) de mortalidade de pneumonia por Staphylococcus aureus sensível a meticilina. O tempo de internação dos pacientes aqui avaliados foi bastante prolongado, sendo a mediana de 20 dias (tempo de internação até o óbito) e de 38 dias (tempo de internação até a alta hospitalar).

Conclusão

PAAS esteve frequentemente associada à VM, com considerável índice de mortalidade, principalmente por P. aeruginosa. Dentre variáveis comuns nos pacientes que evoluíram com óbito, destacam-se aumento de PCR e presença de doença crônica prévia. Contudo, somente a PCR mostrou correlação com mortalidade na análise univariada. O delineamento da epidemiologia das infecções no ambiente intrahospitalar é importante para aprimorar a assistência aos pacientes ali assistidos.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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