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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
ÁREA: INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS – IST
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EP-487 - EFICÁCIA DA DOXICICLINA COMO PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO (DOXI-PEP) PARA PREVENIR INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST): UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE
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Matheus Negri Boschiero, Laura Ribeiro Matos, Fernando Augusto Marson
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A doxiciclina pode desempenhar um papel fundamental na redução da incidência de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) em indivíduos de alto risco, no entanto, o real benefício desta intervenção ainda é incerto.

Objetivo

Avaliar o real efeito de doxiciclina como profilaxia pós-exposição (PEP) por meio de meta-análise.

Método

A busca foi feita em 4 bases de dados: Pubmed (Medline), Scielo, Cochrane e Lillacs. Foram incluídos estudos que apresentam as seguintes características: (i) Ensaios clínicos randomizados; (ii) Uso de 200mg doxiciclina como PEP em até 72h após contato sexual; (iii) População de alto risco (HSH, transgêneros, pessoas que vivem com HIV [PVHIV], pessoas que usam profilaxia pré-exposição [PREP] contra HIV); (iv) Avaliaram pelo menos um dos seguintes desfechos: (1) incidência de qualquer IST (sífilis, infecção por Chlamydia trachomatis ou gonorreia); e (2) taxa individual de IST. Os efeitos do tratamento para desfechos binários foram comparados usando Hazard ratio (HR) ou Odds ratio (OR) agrupados com intervalos de confiança de 95% (95%IC). A heterogeneidade foi avaliada pelo teste Cochran Q e estatística I². Valores de P < 0,10 e I² > 25% foram considerados significativos para heterogeneidade. Em resultados agrupados com alta heterogeneidade, o modelo de efeitos aleatórios DerSimonian e Laird foi usado e considerado significativo se p < 0,05.

Resultados

110 artigos foram obtidos, dos quais 107 foram excluídos por não preencherem os critérios de inclusão. Foram incluídos 3 estudos, totalizando 679 pacientes no grupo intervenção e 503 no controle, sendo que destes, 1008 era indivíduos que faziam uso de PREP para HIV e 174 eram PVHIV. O tempo de seguimento variou de 9-12 meses. Com relação aos desfechos, o tempo até a primeira IST, podendo ser ela infecção por gonococo, por C. trachomatis ou sífilis, foi menor nos pacientes que faziam uso de doxiciclina se comparado ao grupo controle no modelo de efeitos aleatórios (HR = 0,53 [95% IC = 0,33-0,85]) com heterogeneidade elevada I2 = 77%, p < 0,01). Com relação a infecção individual por C. trachomatis, o grupo doxiciclina apresentou menor chance de infecção (OR = 0,26 [95%IC = 0,08-0,87]), sendo o nível de heterogeneidade elevado (I2 = 89%, p < 0,01). A infecção por gonococo não apresentou diferença entre os grupos. Não há dados suficientes para cálculo de infecções individuais de sífilis.

Conclusão

Pacientes que usam Doxi-PEP em até 72h após relação sexual parecem ter menor chance de contrair IST e também infecção individual por C. trachomatis.

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