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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-485 - MENINGITE POR CANDIDA ALBICANS SECUNDÁRIA A OTITE MÉDIA EM IDOSA IMUNOCOMPETENTE
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Erika Cristina Napolitano Giul, Sigrid de Souza dos Santos, Barbara Martins Lima, Felipe Augusto Santos Nunes
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

: As infecções fúngicas em sistema nervoso central tem aumentado na ultima década, relacionado ao aumento da prevalência de pessoas imunocomprometidas, característica relacionada como principal fator de risco para tais infecções. As meningites por fungos possuem alta morbidade e mortalidade.

Objetivo

Esse relato traz raro caso de meningite por Candida albicans associada à otite média com o objetivo de fomentar a discussão sobre tratamento e investigação complementar sobre um tema com pouca literatura.

Método

Trata-se de um relato de caso, retrospectivo, com dados colhidos em prontuário, aplicado de termo de conscentimento livre e esclarecido. Realizado revisão de literatura não sistemática em bases de dados virtuais.

Resultados

Paciente, 75 anos, portadora de hipertensão e hiperlipidemia, dá entrada com quadro de infecção de vias áreas superiores, com otite média com saída se secreção purulenta bilateralmente, evolui com rebaixamento de nível de consciência com necessidade de intubação orotraqueal. Realizado protocolo de sepse com expansão volêmica, coleta de culturas e inicio de antibiótico (ceftriaxone 2g). Em investigação de etiologia do quadro hemoculturas foram negativas, analise do liquor com leucocitos 3840 mm³, 96% de neutrófilos e proteinas 496mg/dl. Iniciado tratamento com ceftriaxone e ampicilina, no 4° dia de tratamento foram identificadas células fúngicas em cultura do liquor e associado anfotericina B. Paciente evolui com melhora clinica e neurológica. É extubada e identificado o fungo na cultura do liquor como Candida albicans. Trocado o anti fungico para fluconazol endovenoso. Foi realizada controle de resposta ao tratamento com coletas semanais de liquor com redução de celularidade e proteinorraquia. Realizada tomografia de seios da face com sinais de mastoidite crônia, porém sem lesões erosivas ósseas que justificassem solução de continuidade tecidual para infecção de sistema nervoso central. Paciente teve alta hospitalar, fez seguimento no ambulatório de infectologia, sem sequelas neurológicas.

Conclusão

Os imunocomprometidos são descritos como suscetíveis ao desenvolvimento de infecções fúngicas em sistema nervoso central. No caso relatado, a paciente não possuía fatores de risco bem descritos para cogitar etiologia fúngica para o quadro. Apesar de apresentar otite média, essa não apresentou imagens de erosão óssea que justificasse a translocação para o sistema nervoso central, tornando o caso de difícil diagnóstico, o qual só pode ser elucidado pela cultura do liquor.

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