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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-481 - ESCROFULODERMA COMO PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO DE TUBERCULOSE DISSEMINADA EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE
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Regina Bukauskas, Pedro Paulo Gonçalves Lima, Fernanda Vicente Velucci, Francini Guerra Correa
Hospital Heliópolis, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A Tuberculose persiste como desafio para a saúde pública. O Brasil apresentou 80.012 casos novos notificados em 2023, com 19.571 no estado de São Paulo. A doença comumente acomete os pulmões, mas pode ocorrer em qualquer órgão. A forma cutânea é rara e representa menos de 1% de todas as formas da doença.

Objetivo

Relatar caso de escrofuloderma.

Método

Coleta de dados retrospectiva.

Resultados

Homem de 56 anos sem doenças prévias com lesões nodulares em região axilar e supraclavicular esquerda, de crescimento pregressivo há 7 meses. Fez uso de múltiplos antibióticos sem melhora e aguardava avaliação com dermatologista por hipótese de Hidradenite supurativa. Devido à piora das lesões, procurou o pronto-socorro do Hospital Heliópolis. Foi realizada biópsia da lesão pela equipe de cirurgia com o resultado anatomopatológico: tecido fibroso e pele exibindo reação exsudativa exuberante sugestiva de área de drenagem de abscesso. Culturas da secreção da lesão foram negativas para bactérias. Recebeu Clindamicina e Ceftriaxona parenterais por 10 dias e, após evolução da lesão para grande ulceração durante o tratamento, foi encaminhado à equipe de Infectologia. Na avaliação, apresentava grande lesão ulcerada com bordas delimitadas, fundo granulomatoso e secretivo. Referiu perda ponderal de 10 Kg desde o início do quadro e negou qualquer outro sintoma. As sorologias para HIV, Sífilis, Hepatite B e C eram negativas. Foi enviado material para análise após punção aspirativa. Culturas da secreção da lesão para fungos e bactérias, negativas. Baciloscopia e Xpert® MTB Assay da secreção foram positivas. A tomografia de tórax mostrou imagem de padrão miliar. Foi iniciado tratamento com esquema básico para Tuberculose, evoluiu com melhora clínica e cicatrização completa das lesões após 6 meses de tratamento.

Conclusão

A forma mais comum de tuberculose cutânea é o escrofuloderma, em geral evoluindo em cinco etapas: enduração, amolecimento, fistulização, ulceração e cicatrização. Outras formas são a verrucosa, cancro tuberculoso, lúpus vulgar, orificial, gomosa, papulonecrótica, eritema indurado e vasculite nodular. O diagnóstico diferencial faz-se com sífilis, esporotricose, actinomicose, paracoccidioidomicose, linfoma, acne conglobrata e hidradenite supurativa. As complicações são infecção secundária e formação de cicatrizes profundas de aspecto rugoso. O tratamento consiste no uso de drogas antituberculosas. Ademais, deve-se melhorar o estado nutricional do paciente e tratar infecções coexistentes ou intercorrentes.

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