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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-468 - TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NOS ANOS DE 2018-2023: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
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Fernada Jéssica Correia Soares, Juan Rodrigues Barros, Victor José Torres Teodósio, Felipe Mendes Bessone, Mylena Etelvina de Macedo Alves, Maria Luisa Souza de Paula, Davi Arantes Rodrigues, Maria Eduarda Souza Miranda, Vinicius Cavalcanti de Carvalho, Plínio Eulálio dos Santos Gonçalves
Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A população em situação de rua (PSR) apresenta um risco de adoecer por tuberculose (TB) 54 vezes maior do que a população em geral, tendo em vista o baixo acesso ao sistema de saúde, bem como a insegurança alimentar e sanitária, a violência e a discriminação enfrentada diariamente que prejudicam seu acesso e capacidade de aderir ao cuidado necessário. Ademais, a PSR também está mais sujeita a ter desfechos negativos no tratamento da doença, incluindo perda de acompanhamento e óbito.

Objetivo

Analisar o perfil epidemiológico de pacientes confirmados com TB da população em situação de rua nos últimos cinco anos (2018-2023).

Método

Estudo ecológico, com casos confirmados de TB do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram incluídos casos de TB na PSR, especificando o ano de notificação, região, sexo, faixa etária, uso de tabaco, uso de álcool, TB associado a AIDS e forma de TB.

Resultados

Foram registrados 24.412 casos de TB na PSR. A região mais acometida, com casos confirmados, foi a região Sudeste, com 12.595 (51,59%). O ano com maior incidência de casos foi em 2023, com 5.686 (23,15%). A faixa etária mais acometida é o intervalo de 20-39 anos (11.765; 48,26%), seguido de 40-59 (10.853; 44,52%). O sexo mais acometido é o masculino com 19.846 casos, o equivalente a 81,30%. Com relação a forma de TB mais prevalente, entre a população em situação de rua, é a forma pulmonar, com 22.730 casos (93,11%), seguida da extrapulmonar com 844 casos (3,46%). Outros pontos analisados, foi a associação de TB e álcool, existente em 13.646 casos (55,90%); a associação de TB e fumo ocorreu em 12.540 casos (55,33%). No tocante à coinfecção de AIDS e TB ocorreu em 22,79%, em contraste com 70,13% dos casos nos quais não havia a infecção simultânea.

Conclusão

Apesar de existirem políticas públicas direcionadas às pessoas em situação de rua, faz-se evidente, a partir dos dados apresentados, a necessidade de aprimorá-las, a fim de combater e controlar efetivamente a TB na PSR. Para isso, é urgente que a assistência em saúde enxergue as complexidades e vulnerabilidades enfrentadas por essa população, de forma que seja traçada uma efetiva ação de abordagem e acolhimento da PSR, a fim de promover o diagnóstico precoce e o acompanhamento até o fim do tratamento necessário.

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