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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-467 - INFECÇÃO POR ELEZABETHKINGIA MENINGOSEPTICA RELACIONADA À CIRURGIA DE COLUNA: RELATO DE CASO DE UM PATÓGENO EMERGENTE
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Nathalia V.B.T. Aragão, Edson S.G. Filho, Maria C.M. Mota, Giovanna C.F. Almeida, Jacson J.S.A. Reis, Klecia Santos dos Anjos, Victor H.S. Teles, Luiz F.A. Sales, Giovanna Penteado Mamana, Matheus Todt Aragão
Universidade Tiradentes (UNIT), Aracaju, SE, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A Elizabethkingia meningoseptica é um patógeno que pode colonizar dispositivos médicos, sendo responsável por infecções relacionadas à assistência de saúde. Pode causar infecção em pacientes com múltiplas comorbidades e em internamento prolongado e frequentemente mostra-se resistente a diversos antimicrobianos, não havendo um consenso sobre o seu perfil de suscetibilidade, nem um regime terapêutico ideal.

Objetivo

Descrever um caso de infecção por E. meningoseptica relacionada à uma cirurgia de coluna, no intuito de contribuir para caracterização desse microorganismo emergente.

Método

Trata-se de um estudo descritivo que relata infecção por Elizabethkingia meningoseptica em um paciente submetido a artrodese de coluna torácica.

Resultados

Sexo masculino, 11 anos, branco, natural de Aracaju (SE), portador de leucoencefalopatia com substância branca evanescente (LSBE) e escoliose neuromuscular grave secundária, foi submetido à artrodese de coluna torácica em junho de 2022, sendo reabordado em janeiro de 2023. Em novembro de 2023, evoluiu com lesão por pressão em região torácia posterior que, após desbridamento, revelou exposição de componente da haste metálica, tendo sido tratado com coberturas com prata e antibioticoterapia empírica com Levofloxacina enteral. Devido a não cicatrização da lesão, em janeiro de 2024, foi realizado desbridamento e remoção da haste metálica exposta, sendo o material enviado para cultura automatizada, havendo crescimento de E. meningoseptica multidroga resistente (MDR), porém com boa sensibilidade às sulfonamidas. Realizou antibioticoterapia com Sulfametoxazol-Trimetoprima 10 mg/Kg/dia via intravenosa por 14 dias, sendo posteriormente, em março de 2024, submetido à reconstrução de parede torácica com retalho miocutâneo, cursando com cicatrização completa.

Conclusão

O estudo corrobora com perfil clínico encontrado na literatura, sendo o paciente portador de comorbidades graves, submetido a múltiplos procedimentos e internações, tendo feito uso de diversos antimicrobianos, incluindo drogas de amplo espectro. Quanto ao perfil de resistência antimicrobiana, a literatura é heterogênea. É sabido que a E. meningoseptica é naturalmente resistente aos Beta Lactâmicos e sensível a antibióticos efetivos contra bactérias Gram-positivas. No relato foi observado resistência aos beta lactâmicos, incluindo Piperacilina/Tazobactan e Carbapenens, porém com boa sensibilidade à Sulfametoxazol-Trimetoprima.

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