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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-462 - FREQUÊNCIA DE RESULTADOS REAGENTES PARA ANTICORPO IGG ESPECÍFICOS PARA CLAMIDIA TRACHOMATIS
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Carolina Lazari, Miriã Virginio dos Santos, Ana Paula Ribeiro, Danielly Oliveira Alves, Caroline Bretas, Sonia Regina Silva Siciliano, Celso Granato
Laboratório Fleury, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A Chlamydia trachomatis é uma bactéria gram-negativa intracelular, que constitui o agente etiológico mais frequente de infecções sexualmente transmissíveis (IST) em todo o mundo, tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Essa infecção pode ser assintomática em cerca de 80% dos casos, o que dificulta o diagnóstico e tratamento precoces e predispõe a complicações tardias, principalmente em mulheres, como doença inflamatória pélvica (DIP), infertilidade e gravidez ectópica. Mesmo após o tratamento, a recorrência é comum, especialmente em indivíduos infectados antes dos 20 anos. Embora, atualmente, os métodos moleculares sejam os mais indicados para o diagnóstico de infecção ativa, a sorologia pode ser útil na investigação das complicações. Nesse contexto, destaca-se a imunofluorescência indireta (IFI), cujos resultados reagentes têm maior valor preditivo positivo para infecção ativa e/ou recente quanto maior o título obtido, a partir de 1:160.

Objetivo

O objetivo deste estudo foi avaliar a frequência de resultados reagentes para anticorpos IgG específicos anti-CT numa população testada em um laboratório privado de São Paulo.

Método

Levantamento retrospectivo de todos os resultados da pesquisa de IgG anti-CT por IFI em amostras colhidas em unidades ambulatoriais, no período de janeiro a dezembro de 2023, a partir do banco de dados institucional.

Resultados

Foram analisadas, no período estudado, 28.342 amostras para pesquisa de IgG anti-CT por IFI, sendo 77,8% delas de pessoas do sexo feminino. A proporção de amostras reagentes foi de 61,8%, sendo de 61,6% em mulheres e 62,7% em homens. Entre as amostras reagentes, 62,1% apresentaram títulos iguais ou superiores a 1:160, 47,1% iguais ou superiores a 1:320 e 24,2% iguais ou superiores a 1:640. A distribuição dos títulos foi semelhante entre os sexos.

Conclusão

Na população estudada, mais de 60% dos indivíduos investigados para a presença de infecção atual ou pregressa por CT apresentou pesquisa de anticorpos IgG específico positiva, independentemente do sexo. Quase metade da população estudada apresentava títulos de anticorpos que podem corresponder a infecção recente, e quase um quarto apresentava títulos altamente sugestivos de infecção ativa e/ou recente. A infecção por CT, como demonstra a literatura científica, tem alta prevalência em todo o mundo e deve ser precocemente diagnosticada e tratada, a fim de prevenir complicações e interromper a transmissão.

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