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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-454 - AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO EMPÍRICO E DIRECIONADO DAS INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA DAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO DE ENSINO DA CIDADE DE SÃO PAULO
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Paulo Henrique Dantas Santos, Eduardo Servolo Medeiros, Thomás Chagas Neto
Escola Paulista de Medicina (EPM), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

As infecções da corrente sanguínea (ICS) são infecções de consequências sistêmicas graves, bacteremia ou sepse, com ou sem foco primário identificável. O crescimento da incidência de microrganismos multirresistentes resultam no difícil tratamento empírico e direcionado.

Objetivo

Avaliar o impacto das IPCS ocasionadas por Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Enterococcus spp na mortalidade intra-hospitalar, na adesão ao protocolo clínico institucional e o perfil de suscetibilidade dos microrganismos.

Método

Estudo de coorte retrospectivo com dados clínicos das ICS em unidades de terapia intensiva (UTI) de um hospital terciário de ensino de janeiro de 2018 a dezembro de 2021. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (Plataforma Brasil).

Resultados

Foram identificadas 125 ICS. A média da idade foi de 58 anos, o gênero masculino (68/125) foi o predominante e 19% dos pacientes tiveram internação hospitalar no período de 90 dias. O tempo médio de internação nas UTIs foi de 21 (Md:16) dias. O tempo médio entre a admissão nas UTIs e o desenvolvimento das ICS foi de 10 (Md:8; DP:13,32) dias. Das ICS, 14% foram polimicrobianas. Principais agentes identificados foram, Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenêmicos (48/55) e a polimixina B (36/55), Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenêmicos (26/29) e a polimixina B (11/55), Pseudomonas aeruginosa resistente aos carbapenêmicos (04/09) e a piperacilina-tazobactam (06/09), Staphylococcus aureus sensível a vancomicina (25/25) e Enterococcus spp, sensível a linezolida (19/19). Do tratamento empírico, 73% dos pacientes utilizaram meropenem, 66% vancomicina, 43% polimixina B, 14% fluconazol e utilizaram outros antimicrobianos não indicados pelo protocolo como amicacina (19%), piperacilina-tazobactam (12%), cefalosporinas de 3ª e 4ª geração (11%), oxacilina (8%), sulfametoxazol-trimetoprima (5%), clindamicina (1,6%), claritromicina (0,8%), ertapenem (0,8%). Do tratamento direcionado, 57% permaneceram com o terapia empírica para a direcionada, 44% introduziram novos antimicrobianos na terapia direcionada e 25% foram a óbito antes da adequação da tratamento.

Conclusão

A alta resistência coloca em risco a eficácia e o sucesso do tratamento empírico e direcionado, levando a tratamentos alternativos com custos elevados, impactando diretamente na morbimortalidade e no tempo de internação em UTI.

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