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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-427 - TERAPIA ANTIMICROBIANA INTRAVENTRICULAR EM PACIENTE COM VENTRICULITE CRÔNICA RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE: RELATO DE CASO
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Pâmela Sarto Lopes, Daniel B.A. Castro, Laís Villela de Moraes, Mariana Camargo Cerri, Matheus Ferreira Rodrigues, Paulo Pera Neto, Julia Vilela Rezende, Eduarda Schuller de Toledo, Luciana dos Anjos Miranda, Nathalie Marcon Uski
Hospital da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Campinas, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A meningite e a ventriculite relacionadas à assistência à saúde podem ocorrer após procedimentos neurocirúrgicos invasivos de urgência ou eletivos, na maioria das vezes associadas à presença de dispositivos como de derivação ventricular externa (DVE) ou peritoneal (DVP). A dificuldade em ultrapassar a barreira hematoencefálica é um desafio para a antibioticoterapia, gerando a necessidade de tempo prolongado de níveis elevados de antibióticos por via endovenosa (EV) e mesmo assim com altas chances de falha terapêutica. Uma alternativa a esse obstáculo é a terapia intraventricular ou intratecal, na qual o antibiótico é injetado diretamente no ventrículo cerebral ou no líquor da região lombar por meio de punção local.

Objetivo

Relatar um caso de sucesso de ventriculite crônica relacionada à assistência à saúde tratada com antibioticoterapia intratecal.

Método

Relato de caso.

Resultados

Este caso descreve um paciente em pós-operatório de neurocirurgia devido TCE grave com implantação de DVE para manejo de hidrocefalia pós-traumática, o qual evoluiu nas primeiras semanas de internação com quadro de meningite tratada de forma convencional. Todavia, apresentou nos meses seguintes recidivas da infecção e necessidade de implantação de DVP devido hidrocefalia crônica com sinais de hipertensão intracraniana, com posterior evolução para quadro de ventriculite crônica e infecção do circuito de DVP com culturas positivas para Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella oxytoca, Klebisiella pneumoniae e Staphylococcus epidermidis. Após sucessivas internações e ciclos de antimicrobiano EV, foi optado por terapia intraventricular com Vancomicina e Amicacina por 14 dias. Paciente recebeu alta em uso de DVP e antibioticoterapia mantida por 6 semanas com Ciprofloxacino e Rifampicina e, após esse período, evoluiu de maneira satisfatória e sem novas internações.

Conclusão

A terapia intraventricular ainda não é realizada de forma rotineira na prática clínica, apesar do aumento dos casos de infecções do sistema nervoso relacionadas à assistência à saúde. Ademais, a ausência de um guideline e de uma série de casos brasileiros sobre o tema dificulta a indicação e a realização desse tipo de terapia, sendo realizada somente como última alternativa para pacientes com casos crônicos que não respondem à terapia convencional. Dessa forma, o relato de um caso de sucesso contribui com a possibilidade de implementação de um protocolo que inclua a terapia intraventricular de forma mais precoce nos casos de difícil tratamento.

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