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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-422 - TERAPIA DUPLA, DADOS DE VIDA REAL
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Roberta Schiavon Nogueira, Ana Carolina Coutinho Iglessias, Camila Rodrigues, Lucas Rocker Ramos, Natalia M. Cabral Amdi, Daniel Gleison Carvalho, João Paulo Santos Gouveia, Adriana Sanudo, Mariza Vono Tancredi, Jose Valdez Ramalho Madruga
Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Terapia dupla (TD) com dolutegravir + lamivudina é aprovado no Brasil para uso em pessoas que vivem com HIV (PVHA) em uso de terapia antirretroviral (TARV), virologicamente suprimidos, com contra indicação ou risco de desenvolver toxicidade/evento adverso relacionado aos ITRNT (Inibidores da transcriptase reversa análogos de núcleosídeos/nucleotídeos). A eficácia desta estratégia foi demonstrada em estudos clínicos e em coortes de vida real, principalmente na Europa e USA, com poucos dados da América Latina.

Objetivo

Avaliar a eficácia na manutenção da supressão viral (SV) numa coorte de PVHA, sem teste prévio de resistência.

Método

Coorte retrospectiva de PVHA acompanhadas no CRT-DST/AIDS-SP, em uso de TD baseado em Dolutegravir + Lamivudina por ≥ 48 semanas. Dados captutados de prontuário médico, SICLOM, SISCEL e inseridos na plataforma REDCAP. A análise foi realizada utilizando plataforma STATA 17.0 na população do estudo por intenção de tratar (ITT) e por protocolo (PP), excluindo óbitos e perdas de seguimento.

Resultados

De 7.000 PVHA, 919 eram elegíveis, tempo médio de TD de 26,2 meses. 82,9% (757)-homens cisgêneros, 69,3% (637)-raça branca, idade 50,8 anos. Tempo médio de infecção pelo HIV de 11,8 anos, de exposição aos ARV 9,1 anos e regimes ARVs prévios 2. Os principais motivos para TD foram: simplificação 29,9%, comorbidade/toxicidade renal 21,8% e óssea 21,7%. Desfechos da TD: 872 PVHA mantidos em TD, 15 mortes, 13 perdas de seguimento e 19 mudanças de terapia, sendo 7 eventos adversos, 3 erros de indicação, 2 decisões médicas e 7 desfechos virológicos (6 falhas virológicas (FV) em pacientes multi-experimentados e 1 blip). As taxas de manutenção da TD no período do estudo nas populações ITT e PP foram de 94,9% e 97,8%, respectivamente. A taxa de FV na população PP foi de 0,7%. Na análise de Kaplan-Meier e Cox, variáveis independentemente associadas à manutenção da TD foram sexo ao nascer (p = 0,008), idade (p < 0,001), raça (p = 0,006). Maior risco de descontinuação da TD: genêro masculino (p = 0,010), raça negra/parda (p = 0,002/ p = 0,006) e motivo da indicação de TD ser simplificação (p = 0,024). Idosos foram relacionados a maiores taxas de manutenção de TD. O tempo de exposição aos ARVs não foi relacionado à manutenção de TD nas duas análises.

Conclusão

O estudo fornece evidências reais que apoiam o uso da TD no Brasil, com alta taxa de manutenção da SV(97,8%), baixa taxa de FV(0,7%), tornando-a uma opção segura mesmo para PVHA sob tratamento antirretroviral há muito tempo.

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