A simulação é uma metodologia ativa inovadora que auxilia no ensino teórico-prático, facilita o aprendizado e compreensão, em um ambiente interativo e seguro, e pode ser usada como estratégia de ensino em diversas temáticas, incluindo as Infecções Primárias da Corrente Sanguínea (IPCS). Tais infecções podem estar associadas a infusão de soluções venosas infectadas durante o processo de administração ou na instalação e manuseio do cateter. Uma vez que estas atividades são comumente realizadas pela equipe de enfermagem, é essencial que estes profissionais possuam conhecimentos e desenvolvam habilidades adequadas a fim de garantir a segurança do paciente e assim reduzir os potenciais danos.

Construir um checklist para simulação realística sobre cateterismo venoso periférico (CVP) para prevenção de infecções.

Construção de um checklist em um cenário de simulação clínica sobre CVP. Foi realizada uma busca na literatura acerca das evidências científicas a respeito do CVP bem como as boas práticas e recomendações para sua inserção. O estudo ocorreu nos anos de 2023 e 2024. O projeto seguiu todos os requisitos éticos.

Foi construído um checklist composto por 37 itens que consta os passos necessários na execução do procedimento de inserção do CVP para prevenção de infecções, como cuidado com antissepsia, higienização das mãos, realização da previsão e provisão dos materiais necessários para realização do procedimento, escolha do cateter apropriado, abordagem ao paciente, explicação do procedimento e resposta às perguntas e dúvidas do paciente, uso de EPI, avaliação da rede venosa e seleção do local adequado para inserção do dispositivo, reaplicação da antissepsia do local em sentido unidirecional, realização da técnica correta, dentre outros.

O checklist composto por 37 itens foi elaborado para uso em simulação clínica. Destaca-se que, a construção de um checklist pode auxiliar na detecção de falhas durante o processo de execução da inserção do CVP, direcionando a reflexão e estimulando o raciocínio crítico-reflexivo. Além disso, percebe-se a importância da simulação clínica como uma ferramenta de educação na área da infectologia, inclusive na prevenção de complicações, como a IPCS e outras infecções. Ainda, contribui para minimização de erros na prática de manipulação de agulhas, sobretudo, diminuindo acidentes ocupacionais e minimizando eventos adversos, com objetivo de garantir uma assistência segura aos pacientes.