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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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(October 2024)
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EP-372 - LÚPUS INDUZIDO POR DROGAS (LID) EM PACIENTE EM USO DE ISONIAZIDA POR DOENÇA DE POTT
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Andrey Andreolla, Jessyka Soares Almeida Martins, Ana Carolina Oliveira Filho, Manoel Luiz Ferreira Junior, Marina Aziani Cuccio
Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A doença de Pott é definida pelo acometimento ósseo da coluna vertebral, representando cerca de 1% dos casos de tuberculose. O tratamento de escolha é inclui no esquema a isoniazida, droga que pode estar relacionada com o desenvolvimento de lúpus induzido por drogas (LID).

Objetivo

: Descrever quadro de LID associado ao uso de Isoniazida.

Método

O relato apresentado evidencia um caso de LID por uso de isoniazida em paciente atendida no Serviço de Infectologia do Hospital do Servidor Público Estadual na cidade de São Paulo.

Resultados

J.H.D., 59 anos, feminino, negra. Admitida em emergência com perda abrupta de movimentação de membros inferiores. Identificada compressão medular aguda secundária a empiema epidural a nível de T4-T5. Foi submetida a laminectomia descompressiva em caráter de urgência. O diagnóstico pós-operatório foi de espondilodiscite, sendo confirmada infecção por M. tuberculosis por meio de Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB) e de cultura de fragmento ósseo. Com o diagnóstico de Doença de Pott firmado, iniciou-se tratamento com esquema preferencial com Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol. Após estabilização clínica, paciente recebeu alta da enfermaria de Infectologia para seguir com tratamento ambulatorial. Seis meses após a alta, a paciente evoluiu com quadro de dispneia súbita associado a dor torácica ventilatório dependente e episódios de febre. Diagnosticado TEP associado a espessamento de pericárdio que foi biopsiado. O resultado anatomopatológico revelou pericardite crônica agudizada com deposição de fibrina. Nos exames laboratoriais, foi detectado anticorpo anti-histona com resultado fortemente positivo. Neste contexto, associou-se o quadro de pericardite como serosite secundária a LID, associada, muito provavelmente, à isoniazida.

Conclusão

O mecanismo de LID relacionado à isoniazida não é claro. Acredita-se que haja relação com a ativação de leucócitos após oxidação da isoniazida em seu metabólito. O diagnóstico contempla a presença de sintomas relacionados ao Lúpus além da presença de anticorpos antinuclear e anti-histona positivos. Geralmente há exposição prolongada à droga para que haja manifestações de LID. O quadro tende a regredir após suspensão da droga. O diagnóstico de LID pode ser desafiador e pode não estar relacionado com as apresentações clássicas e robustas do lúpus. Tendo em vista a alta prevalência de tuberculose e o consequente uso de isoniazida, LID, apesar de raro, é um diagnóstico que deve ser considerado.

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