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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-361 - PERFIL DA SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) EM 61.118 PACIENTES HOSPITALIZADOS COM MENOS DE UM ANO DE IDADE NO BRASIL DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO
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Nathalia Mariana Santos Sansone, Thaís Parisotto Ulmer, Andrea de Melo Alexandre Fraga, Fernando Augusto Lima Marson
Universidade São Francisco (USF), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A COVID-19 em pacientes com menos de 1 ano de idade foi associada a sintomas mais leves da doença e menores taxas de mortalidade.

Objetivo

O objetivo primário foi descrever as características de pacientes com menos de 1 ano de idade no Brasil com diagnóstico da SRAG. O objetivo secundário foi demonstrar fatores associados à morte por COVID-19 nessa faixa etária no país.

Método

As características dos pacientes menores de 1 ano internados por SRAG foram obtidas na plataforma OpenData-SUS. Os pacientes foram classificados da seguinte forma: (G1) COVID-19 (RT-PCR ou testes de antígeno positivos); (G2) SRAG causada por outros fatores etiológicos conhecidos (por exemplo, influenza, rinovírus e vírus sincicial respiratório); e (G3) SRAG por agente etiológico indefinido (possível subnotificação da COVID-19). Os preditores de óbito no G1 foram listados por meio de análise de regressão logística binária multivariada. Foi aplicado um alfa de 0,05.

Resultados

O número de pacientes menores de 1 ano internados por SRAG incluídos foi de 61.118 [G1 (n = 8.700; 14,2%), G2 (n = 7.775; 12,7%) e G3 (n = 44.643; 73,1%)]. O óbito, quando descrito, foi observado com maior frequência no G1 (n = 760; 10,4%) em comparação ao G2 (n = 130; 1,8%) e G3 (n = 1.289; 4,0%). Os perfis demográficos, clínicos e evolutivos dos pacientes em tratamento hospitalar foram diferentes no G1, G2 e G3. Portanto, diferentes fatores podem estar associados à classificação dos pacientes em cada grupo e ao possível subdiagnóstico da COVID-19 no G3. A análise multivariada foi capaz de predizer o óbito entre os pacientes classificados como G1 e os principais preditores foram: raça [asiática (OR = 6,80; IC 95% = 1,76-26,28) e pardos (raça multirracial; OR = 1,94; IC 95% = 1,35-2,80)], presença de comorbidades [cardiopatias (OR = 2,97; IC 95% = 1,89-4,67), síndrome de Down (OR = 3,28; IC 95% = 1,60-6,72), diabetes mellitus (OR = 5,26; IC 95% = 1,30-21,36) e outras comorbidades (OR = 1,89; IC 95% = 1,32-2,71)], necessidade de tratamento em unidade de terapia intensiva (OR = 1,76; IC 95% = 1,14-2,73) e necessidade de suporte ventilatório invasivo (OR = 15,60; IC 95% = 8,59-28,34).

Conclusão

A SRAG em pacientes < 1 ano de idade esteve associada à presença de agente etiológico indefinido, e essa classificação pode estar relacionada à provável subnotificação da COVID-19. As características demográficas dos pacientes foram diferentes entre os grupos de SRAG e os principais preditores de óbito no G1 foram raça, comorbidades e necessidade de cuidados intensivos, incluindo suporte ventilatório invasivo.

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